A Volta
ao Alentejo viu a amarela da 32ª edição ser conquistada pelo espanhol Carlos
Barbero da Euskadi, formação continental remanescente da grande casa Euskaltel-Euskadi,
extinta no final da temporada passada.
Uma vez
mais Portugal não conseguiu chegar à amarela, quer por um ciclista luso quer
por uma equipa lusitana. Ainda assim, à semelhança de 2013 voltou a terminar no
pódio com a OFM-Quinta da Lixa, desta feita no 2º lugar com Edu Prades a
escassos 10 segundos da glória.
As armadas
continentais lusitanas estiveram nas fugas, nas perseguições, nas lutas pela
linha de meta e na batalha pelo pódio final. Triunfaram em três das cinco
etapas e terminaram com seis corredores entre os dez primeiros da geral.
Efapel-Glassdrive… 2ª por equipas, não teve a sorte do seu lado. Entre furos e problemas mecânicos nos momentos
finais das primeiras etapas, conseguiu minimizar os danos terminando a prova com Garikoitz Bravo 8º na geral. A formação de Lourosa esteve ainda na luta pela vitória
da terceira jornada, onde Filipe Cardoso fez 2º ao sprint.
OFM-Quinta da Lixa… 3ª por equipas, brilhou do
princípio ao fim. Manteve Edu Prades na luta pela amarela, tendo o
espanhol triunfado na segunda etapa. A equipa somou ainda a vitória da
última jornada pelo sprinter Samuel Caldeira. Mesmo após a perda de Delio
Fernández para a geral devido a queda, a OFM continuou na batalha pela
Alentejana, tendo na frente do pelotão Hélder Oliveira e Mário Costa pedalando
pelo fim das fugas, culminando no 2º lugar geral de Prades, uma pérola no pelotão
português a chamar a atenção internacional, podendo rumar a um escalão superior
na próxima temporada.
Banco BIC-Carmim… 4ª por equipas, viu quase sempre
um dos seus corredores cruzar a meta nos dez primeiros. À terceira foi de vez e
Manuel Cardoso, o melhor sprinter português da actualidade, não desperdiçou a
oportunidade de brilhar na meta da terceira jornada, inaugurando o seu palmarés
de 2014. Daniel Mestre e Amaro Antunes estiveram perto de triunfar em etapas,
terminando na geral em 5º e 9º respectivamente. Rafael Reis foi 10º na geral da juventude.
Louletano-Dunas Douradas… 6ª por equipas, por muito pouco
não terminou nos dez primeiros da geral, tendo Vicente De Mateos finalizado na 12ª
posição. Ainda assim, esteve perto da vitória em etapas com Jorge Montenegro e
Fran Moreno, dando nas vistas nas escapadas do dia com Micael Isidoro, Rui Vinhas
e Raúl Alarcón.
LA Alumínios-Antarte… 8ª por equipas, brilhou no 4º
lugar da geral com Edgar Pinto. O corredor luso esteve sempre na luta pela
conquista da meta, finalizando no Top 10 em três das cinco etapas. Uma boa promessa para o pódio da cobiçada Volta a Portugal, tendo aí que melhorar o desempenho no contra-relógio.
Rádio Popular-Boavista… 11ª por equipas, começou a
Alentejana com o pé esquerdo. O 2º lugar alcançado por César Fonte no primeiro
dia transformou-se em 5º, somando ainda uma penalização de 30s pelo
sprint irregular. A sua trajectória rumo à meta não parece realmente correcta, contudo salienta-se o facto do Colégio de Comissários dever avisar o ciclista sobre a penalização ao final
desse dia e não no início da segunda etapa. Arredado César Fonte da luta pela geral com as
quedas sofridas nos dias que se seguiram, a equipa teve em Frederico Figueiredo
um corredor em crescendo de forma de etapa para etapa, finalizando 7º na geral no primeiro ano como profissional.
Em prova
estiveram também as equipas de clube lusitanas. Dificilmente poderiam entrar na
grande batalha pela amarela, mas ‘disseram presente’ em todas as jornadas mostrando
a evolução da aprendizagem dos seus pupilos. A Anicolor e a Maia-Bicicletas
Andrade finalizaram nos dez primeiros da classificação da juventude com 8º Hugo
Vaz (CG 27º) e 9º Luís Gomes (CG 29º) respectivamente. A Liberty Seguros/Feira/KTM e o Clube
de Ciclismo José Maria Nicolau tiveram em David Rodrigues (CG 36º) e Nuno
Almeida (CG 48º), respectivamente, os primeiros das suas formações na geral, que
pelo facto de serem elite não entraram nas contas da classificação da juventude.
(Foto by Podi1 / Volta ao Alentejo) |
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