Bem
amigos, final da Volta ao Alentejo… Uma corrida especial por ter tido sempre vencedores
diferentes em todas as edições, além de ser uma competição que já existe há muitos
anos no nosso calendário. É uma corrida onde todos querem apresentar-se bem!
(Foto by Manuel Vitorino) |
A
1ª etapa, com chegada em alto de 2ª categoria no Marvão, foi sempre tranquila depois
de se formar a fuga e o pelotão comandado pela equipa OFM. Já na parte final,
ao ter duas contagens de montanha, o ritmo aumentou e entrámos na subida para o
Marvão a alta velocidade, onde o César Fonte fez 2º, um lugar que mais tarde
lhe seria retirado por suposto sprint irregular. A vitória sorriu a um ciclista
da Movistar Team Ecuador e quanto a mim fiquei pela 15ª posição.
No
2º dia de prova tivemos uma dura chegada a Montemor-o-Novo. Uma etapa rápida,
sempre com um andamento muito alto e muita gente a querer ir para a fuga, que
por fim conseguiu formar-se. Já na chegada a confusão foi enorme, todos a quererem
lutar pelo sprint e eu consegui arrancar um 8º posto, sendo o melhor português
da etapa. Neste dia, nota para o meu colega César Fonte ter tido um engano no
percurso junto com mais alguns ciclistas, afastando-o da luta pela meta.
Chegados à 3ª etapa, mais um dia sem grandes dificuldades a nível de percurso, o que
ajudou à constante alta velocidade e todos em busca de protagonismo na corrida.
As etapas longas não têm grande história, com muitos quilómetros e sem
dificuldades não beneficia muito ao espectáculo. Contudo, a chegada era bastante
perigosa e tivemos várias quedas na parte final, uma delas do meu colega César
Fonte, que mais uma vez se viu envolvido numa queda a 700m da meta, afastando-o
da luta pelas bonificações na chegada e de poder voltar à discussão da Volta ao
Alentejo. Eu tentei minimizar a pouca sorte da equipa e terminei na 15ª posição.
Seguiu-se
a 4ª etapa, onde tivemos uma chegada a Santiago do Cacém. A jornada mais curta
da prova, com pouco mais de 150 km e sem grandes dificuldades, o que ajudou à
rapidez com que foi pedalada. Excepto na parte final, onde à chegada tínhamos
cerca de 2 km em subida até à meta. Igual aos anteriores dias, a fuga foi
alcançada a cerca de 10 km do final e novamente, com o pelotão a grande
velocidade, o César viu-se envolvido em duas quedas já nestes 10 km, a última bem
perto da chegada, afastando-o de vez da luta pela geral, uma vez que esta era
uma etapa com final a coincidir com prémio de montanha e a regra dos 3 km não se
aplica. Eu já conhecia a chegada de anos anteriores e consegui alcançar um 5º
lugar.
Para
o último dia, a chuva apareceu e foi um verdadeiro dia duro de ciclismo! Chuva,
vento e frio a que se juntaram os famosos ‘abanicos’, provocando o pânico no
pelotão… os cortes foram surgindo no pelotão, além de algumas quedas devido à
chuva e às estradas molhadas. Com a chegada à meta em pavé todo o cuidado era
pouco e, uma vez mais, a parte final foi marcada por inúmeras quedas. Como se
não bastasse nos dias anteriores, o César voltou a estar envolvido numa queda
quando me tentava levar para a frente, para eu não perder tempo e manter o Top
10.
No
final, o objectivo foi cumprido e fiquei na 7ª posição da geral. Tenho de
deixar aqui um muito obrigado à minha equipa Rádio Popular-Boavista pela confiança
depositada em mim e a todos que me apoiam.
Boas
pedaladas ;)
Frederico
Figueiredo
[Frederico terminou a 32ª Volta ao Alentejo em 7º lugar, a 35s do
vencedor Carlos Barbero (Euskadi)]
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