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Thoughts desta sexta-feira: Volta Valenciana: Samuel Caldeira 6º no sprint
vitorioso de Magnus Cort; Pedalada de saída do calendário português de estrada; Cancelada
etapa rainha no Dubai Tour; André Greipel com Volta ao Algarve no calendário; David
Rosa: “Espero alcançar um lugar no pódio”; Marco Fidalgo: uma paixão chamada
MTB (Vídeo).
Volta Valenciana: Samuel Caldeira 6º no sprint vitorioso de Magnus Cort
Samuel Caldeira (W52-FC Porto) esteve
hoje na luta pela vitória da etapa na Vuelta a la Comunitat Valenciana. O
sprinter português disputou a toda a velocidade a linha de meta, terminando em
6º na vitória do dinamarquês Magnus Cort (Orica-Scott). A completar o pódio
ficaram os franceses Nacer Bouhanni (Cofidis) e Bryan Coquard (Direct Energie),
tendo Greg Van Avermaet (BMC) segurado tranquilamente o comando da geral ao
finalizar em 9º no sprint.
No final da jornada,
Samuel Caldeira declarou: “Inicialmente,
esperava-se uma etapa tranquila olhando ao gráfico da etapa, mas de tranquila
não teve nada. Foi uma etapa bastante tensa de princípio ao fim, devido ao
forte vento que se fez sentir. Mas tive sempre o apoio da minha equipa. Na
parte final, a equipa deixou-me o melhor colocado possível já nos últimos dois
quilómetros e para o sprint fiz o melhor que consegui. Espero com a Volta a
Comunitat Valenciana ganhar ritmo para as minhas próximas competições!”
Na terceira etapa, que ligou Canals a
Riba-Roja de Túria em 161 km, a fuga não se fez esperar, partindo para a frente
da corrida com 6 km percorridos Alexis Gougeard (AG2R La Mondiale), Aitor
González (Euskadi-Murias), Daniel Lopez (Burgos BH) e Tyler Williams (Israel
Cycling Academy), a quem se juntaram mais tarde Benjamim Perry (Israel Cycling
Academy) e Alberto Amores (Inteja Dominican).
A fuga chegou a tocar os 4 minutos de
vantagem, mas a perseguição comandada pelas equipas BMC e Cofidis levou à
separação do pelotão em dois grupos e à aproximação dos homens na frente de
corrida. Esta proximidade foi aproveitada por Jos van Emden (LottoNL-Jumbo) e
Elmar Reinders (Roompot-Nederlandse Loterij), que saltaram do pelotão para se
juntarem ao sexteto em fuga.
À falta de 30 km para o desfecho da
jornada, Jos van Emden tentou a sorte em solitário, deixando os companheiros de
fuga para trás. A valentia do ciclista holandês durou até aos derradeiros 10
km, momento em que foi alcançado pelo pelotão.
Tony Martin (Katusha-Alpecin) tentou
repetir a glória alcançada no dia anterior, mas desta feita o pelotão não deu
liberdade ao ciclista alemão nem aos que se seguiram nas derradeiras tentativas de sair em busca da vitória. O final acabou por ser
disputado ao sprint, com a vitória a sorrir a Magnus Cort, somando o
sexto triunfo da temporada para a Orica-Scott.
A quarta etapa irá ligar Segorbe a
Llucena em 180 km.
Resultados,
Top 10 e Lusos
1º
|
Magnus Cort Nielsen (Den) Orica-Scott
|
3:49:02
|
2º
|
Nacer Bouhanni (Fra) Cofidis
|
m.t.
|
3º
|
Bryan Coquard (Fra) Direct Energie
|
m.t.
|
4º
|
Yves Lampaert (Bel) Quick-Step Floors
|
m.t.
|
5º
|
Enrique Sanz (Esp)
Espanha
|
m.t.
|
6º
|
Samuel
Caldeira (Por) W52-FC Porto
|
m.t.
|
7º
|
Oliver Naesen (Bel) AG2R La Mondiale
|
m.t.
|
8º
|
Zakkari Dempster (Aus) Israel Cycling Academy
|
m.t.
|
9º
|
Greg Van Avermaet (Bel) BMC
|
m.t.
|
10º
|
Viacheslav Kuznetsov
(Rus) Katusha-Alpecin
|
m.t.
|
34º
|
Raúl
Alarcón (Esp) W52-FC Porto
|
+7s
|
58º
|
Amaro
Antunes (Por) W52-FC Porto
|
+7s
|
95º
|
Joaquim
Silva (Por) W52-FC Porto
|
+21s
|
98º
|
Rui
Vinhas (Por) W52-FC Porto
|
+21s
|
103º
|
Gustavo
Veloso (Esp) W52-FC Porto
|
+21s
|
146º
|
Rafael
Reis (Por) Caja Rural-Seguros RGA
|
+6:22s
|
150º
|
António
Carvalho (Por) W52-FC Porto
|
+6:22s
|
181º
|
Ángel
Sánchez (Esp) W52-FC Porto
|
+6:36s
|
Classificação
Geral
1º
|
Greg Van Avermaet (Bel) BMC
|
9:17:13
|
2º
|
Ben Hermans (Bel) BMC
|
m.t.
|
3º
|
Manuel Senni (Ita) BMC
|
+7s
|
4º
|
David Lopez (Esp) Team Sky
|
+28s
|
5º
|
Nicolas Roche (Irl)
BMC
|
+44s
|
6º
|
David de la Cruz (Esp)
Quick-Step Floors
|
+48s
|
7º
|
Zdenek Stybar (Cze) Quick-Step Floors
|
+49s
|
8º
|
Philippe Gilbert (Bel) Quick-Step Floors
|
+49s
|
9º
|
Nairo Quintana (Col) Movistar Team
|
+54s
|
10º
|
Daniel Martin (Irl) Quick-Step Floors
|
+56s
|
61º
|
Amaro
Antunes (Por) W52-FC Porto
|
+4:26s
|
65º
|
Samuel
Caldeira (Por) W52-FC Porto
|
+5:04s
|
68º
|
Joaquim
Silva (Por) W52-FC Porto
|
+5:16s
|
74º
|
Rui
Vinhas (Por) W52-FC Porto
|
+5:31s
|
103º
|
Gustavo
Veloso (Esp) W52-FC Porto
|
+10:28s
|
120º
|
Ángel
Sánchez (Esp) W52-FC Porto
|
+14:09s
|
128º
|
Raúl
Alarcón (Esp) W52-FC Porto
|
+16:18s
|
130º
|
António
Carvalho (Por) W52-FC Porto
|
+16:29s
|
154º
|
Rafael
Reis (Por) Caja Rural-Seguros RGA
|
+24:17s
|
Magnus Cort vence ao sprint a 3ª etapa (© JM Artero) |
Pedalada de saída do calendário português de estrada
O calendário português de estrada
começa já no próximo domingo com a disputa da Prova de Abertura – Região de
Aveiro. Esta será a primeira das três provas pontuáveis do Troféu Liberty
Seguros, seguindo-se a 5 de Março a Clássica da Arrábida e a 12 de Março a
Clássica Aldeias do Xisto.
Na pedalada de saída da temporada
2017, o pelotão nacional irá percorrer 160,8 km entre Anadia e Ovar, tendo pelo
meio dois prémios de montanha de 2ª categoria. As subidas de Talhadas (km 91) e
de Sever do Vouga (km 103,9) prometem testar as forças dos heróis neste começo
de competição.
O pelotão será composto por 15 equipas
mais a Selecção Nacional/Liberty Seguros, que se apresenta com cinco ciclistas.
O internacional André Cardoso (Trek-Segafredo) competirá ao lado do campeão do
mundo de maratonas Tiago Ferreira e dos sub-23 Miguel do Rego (Team Pel Trax-CSD),
Ivo Oliveira e Rui Oliveira (Axeon Hagens Berman).
Na estrada irão estar as equipas continentais lusas Efapel, LA Alumínios-Metalusa-BlackJack, Louletano-Hospital
de Loulé, RP-Boavista, Sporting-Tavira e a W52-FC Porto, às quais se unem as
equipas de clube sub-23 ACDC Trofa, Jorbi-Team José Maria Nicolau, Liberty
Seguros-Carglass, Miranda-Mortágua, Moreira Congelados-Feira-Bicicletas Andrade
e a Sicasal-Constantinos-Delta Cafés.
Junta-se ainda ao pelotão a esquadra
continental Equipo Bolivia, do ciclista luso Nuno Meireles, e a galega
Aluminios Cortizo-Anova, dos lusos Hugo Vaz e Paulo Silva.
Cancelada etapa rainha no Dubai Tour
A quarta etapa do Dubai Tour foi
cancelada, devido ao forte vento e às consequentes tempestades de areia, que se
fazem sentir estes dias nos Emirados Árabes Unidos. Em consonância com a
organização e os comissários da prova, o pelotão assentiu à não realização da etapa
rainha, que já tinha sido encurtada ontem para 109 km, mantendo a chegada a
Hatta Dam.
Os ciclistas chegaram a sugerir a
mudança da etapa em linha para um contra-relógio com a subida a Hatta Dam, mas
tal situação mostrou-se inviável por ser contra as regras da UCI.
Amanhã, a quinta e última etapa irá
percorrer 124 km no Dubai.
Classificação
Geral
1º
|
Marcel Kittel (Ger) Quick-Step Floors
|
12:34:54
|
2º
|
Dylan Groenewegen (Ned) LottoNL-Jumbo
|
+8s
|
3º
|
John Degenkolb (Ger) Trek-Segafredo
|
+10s
|
4º
|
Nicola Boem (Ita) Bardiani-CSF
|
+13s
|
5º
|
Jean-Pierre Drucker (Lux) BMC
|
+14s
|
6º
|
Reinardt Janse Van Rensburg (RSA) Dimension Data
|
+14s
|
7º
|
Alex Dowsett (GBr) Movistar Team
|
+14s
|
8º
|
Thomas Stewart (GBr) One Pro Cycling
|
+14s
|
9º
|
Jakub Mareczko (Ita) Wilier Triestina
|
+16s
|
10º
|
Mark Cavendish (GBr)
Dimension Data
|
+16s
|
42º
|
Nelson
Oliveira (Por) Movistar Team
|
+20s
|
O pelotão não disputou a etapa, mas os ciclistas subiram ao pódio (© Trek-Segafredo) |
André Greipel com Volta ao Algarve no calendário
André Greipel terá um calendário de
provas um pouco diferente das temporadas anteriores. O campeão alemão fará um
diferente percurso até à Ronde van Vlaanderen, como o director da equipa belga
Lotto Soudal explica.
Nas palavras de Marc Sergeant: “É importante para cada corredor focar-se
noutros objectivos de vez em quando. Isso ajuda a manter-se motivado e é
desafiador. André começa a temporada na Challenge de Mallorca e na Volta ao
Algarve, tal como no ano passado. Claro, estamos muito satisfeitos com a
vitória do André em Mallorca. Depois de correr em Portugal, ele irá correr o
Abu Dhabi Tour, onde será o nosso homem para as etapas planas. É uma corrida
WorldTour a partir desta temporada, por isso mesmo uma corrida mais importante.
Tal como no ano passado, ele participará na Paris-Nice. Ainda não é certo se
estará à partida da Milano-Sanremo. Depois, o André irá correr a Volta a
Catalunya pela primeira vez na sua carreira. Ele tem 34 anos e quer tentar
iniciar Ronde van Vlaanderen, Scheldeprijs e Paris-Roubaix na melhor forma
possível. Por essa razão, ele escolhe correr na Catalunha para se preparar para
esses objectivos. Após um período de descanso, ele iniciará em Frankfurt no 1º
de Maio e, tal como em anos anteriores, irá correr o Giro.”
Recorde-se que André Greipel iniciou o
ano em Espanha, na Challenge Mallorca, onde venceu o Trofeo Porreres e terminou
em 4º no Trofeo Palma, superado pelo britânico Daniel McLay (Fortuneo-Vital
Concept). A Lotto Soudal venceu ainda mais duas provas na competição
maiorquina, nomeadamente o Trofeo Andratx-Mirador des Colomer e o Trofeo Serra
de Tramuntana, ambos com Tim Wellens.
Greipel soma no palmarés 137 vitórias
profissionais, entre elas 3 na Volta ao Algarve, onde poderá voltar a erguer os
braços da vitória já entre os dias 15 e 19 de Fevereiro na 43ª edição da
Algarvia.
André Greipel (© Roth Foto) |
David Rosa: “Espero alcançar um lugar no pódio”
É já amanhã, sábado, que o olímpico
português David Rosa dá início à prova 4 Stage Mountain Bike Race Lanzarote, Club
La Santa.
Junto a David Rosa (Tropix Factory
Team) vão também estar em prova na categoria Elite os portugueses Luís Leão
Pinto (Avimil-160k-Lionforce), Valério Ferreira (BTT Loulé/BPI/Elevis) e do
lado feminino Celina Carpinteiro (BTT Loulé/BPI/Elevis). Nos demais escalões,
as cores nacionais estarão a cargo em Master 30 de André Henriques (BTT
Loulé/BPI/Elevis), Rui Grilo (CC Cofete-Aloverafresca-Playitas), Bruno Rosa
(Vasconha BTT Vouzela), José Silva (Individual) e em Master 40 de Rui Silvestre
(G. Santa Cruz-Litoralmotors.pt).
Embora o percurso não se adeqúe
exactamente às suas características, David Rosa mostra-se confiante quanto à
sua prestação. “Ao longo da prova 4
Stage MTB Race, espero obter algum ritmo de corrida, já que não corro há algum
tempo. A minha última verdadeira prova foi nos Jogos Olímpicos do ano passado,
que não conclui devido a um problema mecânico. Espero conseguir um bom ritmo e,
se possível, sair daqui com alguns bons resultados. A prova que mais me assusta
é o contra-relógio, porque nunca fiz um contra-relógio tão longo. Fui reconhecer
esta etapa e o vento pode ser o maior problema para mim, porque sou um corredor
mais leve. Será o maior desafio tentar lidar com esta situação do vento. Tenho
feito treinos de pré-temporada e espero que esta corrida me dê a intensidade
correcta para entrar em plena forma. Espero alcançar um lugar no pódio numa das
etapas e seria bom se conseguisse o pódio na geral. Não será fácil, visto
termos aqui muitos ciclistas de qualidade. O percurso não se adequa muito às
minhas características, sou mais trepador, mas veremos o que acontece.”
Entre os mais fortes adversários
encontra-se o espanhol Sergio Mantecón, que chega a esta prova vindo de uma
vitória na Costa Blanca Bike Race. “Tive
uma corrida muito bem sucedida no fim-de-semana passado e as minhas sensações
são muito boas. Preparei-me bem ao longo do inverno, portanto chego aqui com
muita motivação. Tenho muito boas memórias ao vencer duas vezes aqui, as minhas
expectativas são altas. O meu plano é lutar pela vitória. Podes sempre perder
muito tempo no mountain bike com uma queda, furo ou problema técnicos, mas
sinto que estou em boa forma e espero estar a lutar pela vitória com os
ciclistas de topo. Prefiro levar etapa a etapa, mas as duas primeiras parecem
ser as mais fáceis. O contra-relógio parece-me bastante difícil, podendo ser
usado para fazer a diferença na classificação geral, e depois a etapa mais
longa no último dia será importante para os lugares na geral. É óptimo
corrermos pelos pontos UCI, que são importantes para a maioria dos corredores e
demonstra o quanto a corrida está a melhorar. Para mim, esta prova é muito
especial, podemos respirar desporto em todos os cantos do Club La Santa, onde
ficamos, e o terreno é muito diferente com muitas pistas únicas. É uma prova
muito ventosa e rápida, o que faz com que as tácticas sejam super importantes.”
A competição abre no sábado com uma
etapa de 39 km (incluindo 600m de subida), seguindo-se a segunda etapa de 52 km
(800m subida), a terceira etapa de 21 km em contra-relógio (600m subida) e, a
fechar na terça-feira, a quarta etapa de 87 km (1500m subida).
Os tempos da prova podem ser seguidos
em directo, aqui.
Português David Rosa é um dos rostos da 4 Stage Race MTB, em Lanzarote (© Roberto Villar) |
Marco Fidalgo: uma paixão chamada MTB (Vídeo)
Marco Fidalgo é um dos nomes mais
reconhecidos do MTB português. Nascido a 30 de Janeiro de 1980, na Nazaré,
Fidalgo começou a competir no MTB em 1994, participando pela primeira vez em
competições nacionais de Downhill em 1995. O ano de 2000 marcaria para sempre a
sua vida ao ser o primeiro português a tornar-se profissional de Mountain Bike.
Até ao momento, Marco Fidalgo conta
com mais de 20 anos dedicados ao Mountain Bike, 10 dos quais na casa Berg
Cycles. Ao longo destes anos foi coroando a sua carreira de notáveis
resultados, performances marcantes e pódios nacionais e internacionais. Em 2016
foi bronze no Campeonato Nacional de Enduro, terminando em 2º na Taça de
Portugal de Enduro.
No vídeo que se segue, que sublinhamos
ser imperdível de visualizar, Marco Fidalgo partilha momentos singulares da sua
vasta carreira desenhada em provas nacionais e além-fronteiras, desde os
momentos de glória às infortunadas quedas, passando pela particular partilha
desta paixão com o seu filho ao longo de 10 anos.
Tal como sublinha Marco Fidalgo: “O desporto não constrói o nosso carácter.
Revela-o.”
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