Vincenzo
Nibali (AST) venceu a primeira batalha nos Alpes do 101º Tour de France. Somou
ao triunfo da etapa e consolidação da liderança, a tremenda actuação nos 3
quilómetros finais da subida de Chamrousse, respondendo aos ataques dos rivais
e atacando para a conquista da linha de meta, onde uma bandeira portuguesa entre o numeroso público recebia os heróis à chegada!
Um minuto de
silêncio pela tragédia do Boeing da Malaysia Airlines antecedeu o início da
jornada de 197,5 km iniciados em Saint-Étienne. Esta primeira batalha nos Alpes
era há muito aguardada. Por um lado, a expectativa de ver até onde Nibali
levaria tamanha diferença de desempenho relativamente aos rivais mais próximos.
Por outro, perceber quem desses rivais estaria mais forte na luta pelo pódio. Os
18,2 km de escalada final em Chamrousse, a 7,3% de pendente média, responderam a
algumas dúvidas.
A fuga do dia
contou com vários nomes, mas foi o italiano Alessandro De Marchi (CAN) quem mais
pedalou por uma vitória. Saiu em solitário desde o km 140, coroou a 1ª
categoria de Col de Palaquit (km 152) e ainda enfrentou as primeiras rampas de Chamrousse,
sendo alcançado a 13 km da meta. O prémio da combatividade não lhe fugiu, ao
contrário da sonhada vitória da jornada.
Mas outras
lutas se impunham e, após um trabalho extenuante de Gadret para o líder
Valverde (MOV), a Astana liderou o grupo reduzido dos favoritos levando ao fim
do sonho de Richie Porte (SKY) pela geral, acabando o australiano por dizer adeus
ao 2º lugar do pódio ao cair para a 16ª posição, a 11m11s de Nibali.
Numa
demonstração do seu valor, o campeão italiano pedalou para a vitória da 13ª
etapa, como se afirmasse a cada golpe de pedal que se vencer este Tour será
pelo seu poderio e não pela falta de adversários mais fortes. Outros mantinham-se
no sonho… Valverde (MOV) pedalou para o 2º lugar da geral. Resistindo ao calor
e à dureza dos metros finais, o espanhol terminou 4º na meta, sendo precedido
por Rafal Majka (TCS) e Leopold König (TNE). Também os franceses Thibaut Pinot
(FDJ) e Romain Bardet (ALM) mostraram garra em plena subida, recuperando
posições e finalizando em 5º e 7º respectivamente, não esquecendo a companhia
preciosa de Tejay Van Garderen (BMC) em plena ascensão ao lado de Bardet,
finalizando o americano em 6º na meta.
E após algumas
quebras de rendimento nos quilómetros finais, ainda a recuperar da bronquite
aguda que assola o campeão do mundo, Rui Costa (LAM) manteve o seu ritmo tendo
a seu lado o companheiro Chris Horner. O trabalho em equipa e a persistência do
português levou-o a escalar até ao 9º lugar da geral e a calar algumas dúvidas
sobre a liderança na Lampre-Merida, levando mesmo a equipa a soltar um tweet em
plena etapa: “Espero que a partir de hoje
ninguém diga que Horner não está ao serviço de Rui Costa. Finalmente podem ver
isso?! Obrigado”.
O primeiro
dia de verdadeira montanha fez a diferença no pódio, mas não na liderança de
Nibali, cada vez mais rei e senhor da Grande
Boucle.
Resultado Et13 dos heróis lusos e
luso-descendente:
15 Rui Costa
(Por) LAM +3:01”
65 José
Mendes (Por) TNE +32:22”
75 Tiago
Machado (Por) TNE +32:22”
94 Sérgio
Paulinho (Por) TCS +33:56”
97 Armindo
Fonseca (Fra) BSE +33:56”
106 Nelson
Oliveira (Por) LAM +38:38”
CG após Et13:
9 Rui Costa
(Por) LAM +8:35”
72 Tiago
Machado (Por) TNE +1:45:11”
96 Sérgio
Paulinho (Por) TCS +2:03:03”
109 Nelson
Oliveira (Por) LAM +2:09:01”
140 José
Mendes (Por) TNE +2:37:47”
143 Armindo
Fonseca (Fra) BSE +2:39:11”
Resultados Et13 TDF (Foto Helena Dias) |
CG após Et13 TDF (Foto Helena Dias) |
(escrito em português de acordo com a
antiga ortografia)
Comentários
Enviar um comentário