Depois de
explorar os encantos de Lisboa,
parti em busca de alguns dos recantos mais belos de Sintra. Conhecida como
Capital do Romantismo, assim que chegamos percebemos o porquê desta definição. A
cada canto respira-se amor… nos seus muros, nos seus palácios, no seu castelo. Todo o cenário é idílico, profundamente romântico, capaz de quebrar o
mais gélido dos corações. Se os contos de fadas existem, certamente são vividos
na magia inebriante de Sintra.
|
Palácio Nacional de Sintra (© Helena Dias) |
O centro
histórico foi o ponto de partida para uma caminhada, longa e sinuosa, até aos
dois pontos de eleição. Sintra é inesgotável em monumentos e percursos
emocionantes envoltos na natureza. Uma tarde é pouco, quase nada, para a
imensidão de património que nos oferece. Por essa razão, deixei-me levar pelo
instinto numa longa caminhada, curva atrás de curva, rodeada dos sons da natureza até ao Castelo dos Mouros e Palácio
Nacional da Pena, não sem antes imaginar um romântico passeio de charrete ou admirar a beleza das bicicletas que povoam toda a vila.
|
(© Helena Dias) |
|
(© Helena Dias) |
|
(© Helena Dias) |
|
(© Helena Dias) |
Desde o
centro até lá bem no alto da Serra de Sintra encontramos muros repletos de
promessas de amor, eternas ou fugazes, unindo nomes num promissor coração. Ao longo
da caminhada, perdemos o olhar em pormenores delicados de uma vila que parece saída
de uma tela pintada, à qual nem Lord Byron conseguiu ficar indiferente, referindo-se
a ela numa carta ao seu amigo Hodgson: “A
vila de Cintra, na Estremadura, é talvez a mais bela do mundo”.
|
(© Helena Dias) |
|
(© Helena Dias) |
|
(© Helena Dias) |
|
(© Helena Dias) |
Rodeada de Palácios que emergem ao longo da Serra, espera-me o Castelo dos
Mouros, de arquitectura militar datado do séc. VIII. A vista é deslumbrante, o
horizonte infinito, rodeado de penedos graníticos, guardando entre muralhas a arborização
idealizada pelo rei D. Fernando II e vários elementos como a Porta da Traição,
que dava acesso ao exterior do Castelo em caso de fuga. Fugir é tudo o que não queremos diante de tão resplandecente paisagem.
Seguimos rumo
ao Palácio Nacional da Pena, em pleno Parque da Pena. Datado do séc. XIX, expressa
em toda a sua imponência a mais bela forma da arquitectura Romântica, sendo eleito
em 2007 uma das Sete Maravilhas de Portugal. Por todo o Parque podemos perder-nos
de amor pelos caminhos encantados, magicamente pontuados por fontes e cuidados jardins.
Se o exterior do Palácio nos tira o fôlego pela sua rara beleza, o seu interior
é de absoluta nobreza, quer nos Aposentos e Gabinetes Reais quer as diversas Salas
como a dos Veados, de Chá, Árabe e Saxe, culminando na antiquíssima cozinha. O
Palácio inclui o convento de monges Jerónimos de Nossa Senhora da Pena, erguido
por D. Manuel I e conhecido por Palácio Velho, e a ala edificada posteriormente
por D. Fernando II conhecida por Palácio Novo. Mais tarde, residência do rei D.
Carlos I e da rainha D. Amélia, que deixaram um rico espólio para apreciar ao longo da visita. Fachadas, tectos e terraços estão repletos de elementos simbólicos como o pórtico do Tritão.
|
Palácio Nacional da Pena (© Helena Dias) |
No regresso
ao centro da vila já não hesitei em entrar num dos autocarros turísticos, que
me trouxe novamente diante do Palácio Nacional de Sintra e as suas belíssimas janelas
manuelinas. O desfecho desta mini aventura por Sintra levou-me à ruela da
famosa Piriquita, lojas de artesanato e um merecido lanche no Café Paris.
|
Café Paris (© Helena Dias) |
Muito ficou
por ver e descobrir na apaixonante Sintra, desde 1995 classificada Património
Mundial da UNESCO na categoria Paisagem Cultural. As imagens dizem tudo… pedalem pelo álbum completo, aqui!
|
Sintra, magia e romantismo (© Helena Dias) |
Adorei este belo e cultural passeio que a Helena me proporcionou através da sua escrita e das respetivas fotos.Parabéns .
ResponderEliminar