O ciclismo português de
estrada vai estar representado nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro por André Cardoso (Cannondale-Drapac), o
campeão nacional de fundo José Mendes (Bora-Argon18), o campeão nacional de contra-relógio Nelson Oliveira (Movistar Team) e o campeão do mundo de 2013 Rui Costa (Lampre-Merida). Na vertente
de BTT, a representação das cores lusitanas vai estar a cargo do campeão
nacional de XCO David Rosa e do
campeão do mundo de maratonas XCM Tiago Ferreira. Em paraciclismo, Luís Costa
(Sporting CP-Tavira) e Telmo Pinão (Bairrada)
são os rostos em competição, ambos campeões nacionais de fundo e contra-relógio nas suas classes.
No dia 6 de Agosto, no Forte de Copacabana os
quatro eleitos pelo seleccionador nacional José Poeira competem na prova de
fundo de 241,5 km, tendo como chefe de fila Rui Costa. No dia 10 de Agosto, Nelson Oliveira compete
na prova de contra-relógio de 54,5 km no Pontal, zona Oeste do Rio de Janeiro.
No dia 21 de Agosto, os dois betetistas
eleitos pelo seleccionador nacional Pedro Vigário competem na prova de XCO –
Cross Country Olímpico, num circuito de 4850m no Centro de Mountain Bike.
Entre 14 e 17 de Setembro,
disputam-se as provas de fundo e de contra-relógio dos Jogos Paralímpicos.
Nesta estreia do ciclismo luso, desde que o paraciclismo está integrado na
Federação Portuguesa de Ciclismo, Luís Costa compete na classe H5 e Telmo Pinão
em C2.
A dias do início dos
Jogos Olímpicos no Rio, é oportuno relembrar os momentos marcantes do ciclismo lusitano
nesta prestigiosa competição.
Há 12 anos, o ciclista
internacional Sérgio Paulinho (Tinkoff) conquistou a medalha de prata em Atenas
(2004). Na prova de fundo, a sua determinação levou-o a disputar os primeiros
lugares do pódio com o italiano Paolo Bettini. Nessa prova, Nuno Ribeiro foi
28º e não terminaram Cândido Barbosa e Gonçalo Amorim. Sérgio Paulinho
conseguiu ainda um 25º lugar na prova de contra-relógio. Anos mais tarde, por
esta medalha foi condecorado pelo Presidente da República Cavaco Silva no fim
do mandato presidencial.
Recuando à primeira
presença do ciclismo português nos Jogos Olímpicos, em Roma (1960) estiveram
presentes três vencedores da Volta a Portugal, nomeadamente Mário Silva, Francisco
Valada e José Pacheco, além de Ramiro Martins. Embora nos dados da Federação
Portuguesa de Ciclismo apareçam Silva e Valada em 71º e 72º, nos resultados da
prova de fundo do site oficial dos Jogos, Valada e Silva surgem como
desclassificados, Pacheco e Martins como não tendo finalizado.
Portugal regressou ao
palco Olímpico 32 anos depois, em Barcelona (1992). A representação lusa ia ser
feita no feminino, mas Ana Barros acabou afastada em consequência de um acidente
durante o treino.
Já em Atlanta (1996), nada
impediu Ana Barros de competir, alcançando um 23º lugar na vitória da francesa
Jeannie Longo. No masculino, a vitória sorriu ao suíço Pascal Richard,
terminando a representação lusa em 39º Orlando Rodrigues, 48º Pedro Lopes, 78º
Nuno Marta e 112º Cândido Barbosa. Segundo dados da Federação, José Azevedo terminou a prova dentro do
tempo permitido, mas por engano da organização não surge nos resultados.
Em Sidney (2000), Vítor
Gamito obteve o 35º tempo na prova de contra-relógio, enquanto na prova de
fundo, ganha pelo alemão Jan Ullrich, Gamito não terminou à imagem de Bruno
Castanheira, José Azevedo e Orlando Rodrigues.
No Jogos em Pequim
(2008), o espanhol Samuel Sánchez (BMC) alcançou o ouro, terminando os lusos em
28º Nuno Ribeiro e 72º André Cardoso (Cannondale-Drapac).
Na vitória do cazaque
Alexandre Vinokourov em Londres (2012), a representação lusitana obteve o 13º lugar
de Rui Costa (Lampre-Merida), 49º Manuel Cardoso e 69º Nelson Oliveira
(Movistar Team), que conseguiu no esforço individual o 18º melhor tempo no ouro
do britânico Bradley Wiggins. Nesse ano, Portugal estreou-se na vertente de BTT
com David Rosa a finalizar a prova de XCO em 23º na vitória do checo Jaroslav
Kulhavy.
De referir ainda os
Jogos Olímpicos de Verão da Juventude, em Singapura (2010), onde Rafael Reis,
actual corredor da W52-FC Porto e líder do Ranking APCP Ciclista do Ano,
venceu a prova de contra-relógio e foi 2º na prova de fundo, sendo distinguido
pelo Comité Olímpico Português. Também presentes estiveram João Leal, Rodrigo
Gomes e Magda Martins.
Excelente crónica lembrando os jogos olímpicos de 2016 descrevendo a participação dos nossos ciclistas ao longo dos anos. Realço a nota aqui feita sobre os ciclistas paralimpicos. Na verdade aqui nada é esquecido. Parabéns.
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