João Benta chega ao 39º Troféu Joaquim Agostinho como defensor do título alcançado em 2015. Nessa edição,
o corredor da equipa Louletano-Hospital de Loulé conquistou a amarela fazendo
das etapas de montanha momentos cruciais para chegar ao mais alto lugar do
pódio. Venceu no Alto de Montejunto e foi terceiro no Alto da Carvoeira.
À partida para o
contra-relógio inicial do Troféu, João Benta afirmou ao Cycling & Thoughts:
“É sempre uma corrida que está marcada
para mim. A minha preparação para a Volta inclui estar bem aqui no Troféu
Joaquim Agostinho. Na passada sexta-feira tive uma queda no estágio na Serra da
Estrela e não sei como o corpo vai reagir às mazelas, mas vou tentar
defender-me o melhor possível.”
João Benta, de 29 anos, chega ao
Troféu Joaquim Agostinho tendo como resultados mais destacáveis da temporada o 2º
lugar no Troféu Oliveira de Azeméis (2ªprova da Taça de Portugal), 4º na Clássica
de Amarante e 9º no Grande Prémio Beiras e Serra da Estrela. “Penso que tenho correspondido àquilo que
esperava. Lógico que gostava de ter alguma vitória nesta época. Ainda não foi
conseguido, mas não é por isso que vou baixar os braços e continuo a trabalhar,
porque mais cedo ou mais tarde ela poderá sair.”
Como os corredores das
demais equipas continentais lusas, João Benta vê na Volta a Portugal um dos
grandes objectivos da temporada. Este ano, a equipa Louletano-Hospital de Loulé
enfrenta a prova rainha lusa sem um dos seus mais importantes elementos Sandro
Pinto, que recupera da operação ao fémur em consequência de uma queda em Maio
no Grande Prémio do Dão.
“O
Sandro era uma peça fundamental na alta montanha. Este ano vamos ter de
arranjar uma estratégia mais bem pensada, vamos ter de seguir um pouco os
adversários, tentar estar com eles e poder fazer alguma diferença. Vou tentar o
melhor possível, estar sempre atento e a melhor classificação geral possível é
sempre bem-vinda”,
afirma João Benta.
Afastado da competição durante
os últimos anos, após ter dado positivo num controlo fora de competição no
final de 2010, João Benta regressou em 2015 com a equipa de Loulé com quem se
mantém até ao momento. Sem receios e com frontalidade, fala-nos do regresso ao
pelotão: “Senti que fui bem recebido.
Logicamente há comentários menos bons, mas estava preparado para ouvi-los. Foi
algo que não me incomodou nem atrapalhou. Passei por muito nesses quatro anos
ausente, passei muito por estar chateado com algumas coisas, mas acho que o meu
regresso foi da melhor maneira. Graças a Deus, tenho alguns amigos de verdade
no pelotão nacional e que me receberam bem. Fui bem recebido mesmo por adversários
e, claro, voltar e conseguir os resultados da época passada, para mim foi ouro.”
O ouro reluzente da
vitória, que já foi sua em 2015, é o que busca no Troféu Joaquim Agostinho. Mas
não só. “O sonho de qualquer ciclista é
tentar ingressar numa equipa mais elevada do que aquelas que temos em Portugal.
Não sou novo, mas também não sou velho e se conseguisse dar o salto era o que
mais desejaria para a minha carreira”, conclui um seguro e batalhador João
Benta.
João Benta no final do prólogo do Troféu Joaquim Agostinho 2016 (foto Helena Dias) |
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