Sábado, 13 de
Fevereiro. O presidente do clube e director desportivo José Nicolau, juntamente
com Paulo Figueiredo e Mariana Nicolau, recebem-nos no Cartaxo na antiga Escola
Primária do Setil, actuais instalações cedidas pela Câmara Municipal do Cartaxo
para a equipa efectuar os estágios dos mais jovens pupilos, que perpetuam no
pelotão lusitano o nome do grande ciclista português e vencedor da Volta José
Maria Nicolau.
O
pequeno-almoço está servido e o grupo prepara o corpo para as horas de treino
que se seguem. José Nicolau conta nas suas fileiras com a continuidade de André
Ramalho (19), Bruno Coelho (19), Diogo Dias (21) e Jorge Marques (19). De
regresso à equipa estão José Neves (20) e Victor Valinho (24), o único elemento
elite no grupo. Juntam-se os novos rostos de Álvaro Ferreira (18), Fábio
Oliveira (21), João Fernandes (20) e Marcelo Salvador (18), subindo da equipa
júnior do clube João Ribeiro (18).
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As bicicletas
esperam pelos jovens ciclistas, luzindo pelo sétimo ano consecutivo a marca
portuguesa Jorbi, modelo Ultimax. O relógio marca as 11h e José Nicolau dá as
últimas instruções antes de sair para a estrada. Disciplina e adaptação à
bicicleta, sintonia na estrada e análise da performance de cada corredor, união
do grupo e bom ambiente entre si são as palavras-chave para mais uma jornada de
treino. E não se pense que terão pela frente temperaturas amenas e sol radioso.
Muito pelo contrário, o dia iria oferecer tudo o que os ciclistas menos gostam…
chuva, vento e muito frio. Mas nem por isso os jovens deixam de mostrar a
garra com que vivem este desporto, seja em competição ou em treino.
Em ano do 13º aniversário do Clube, os
equipamentos chamam a atenção para a entrada do novo patrocinador da equipa
sub-23. José Nicolau fala-nos da parceria
com a GoldWin. “É uma sociedade
financeira americana, que tem firmas associadas como a Fininco -agência de
advogados-, que é a publicidade maior que se vê nas camisolas. Houve o contacto
com a pessoa certa, que trabalha para essa sociedade, gosta de ciclismo e
decidiu em boa-hora investir em 2016 no Clube de Ciclismo José Maria Nicolau
para formarmos uma equipa de sub-23 de topo. A entrada da GoldWin dá-nos maior
capacidade financeira para termos ciclistas de melhor qualidade e que se
destacaram no ano anterior, mas também ficámos com alguns que as pessoas ainda
não viram o real valor. A mais-valia são as condições que damos a todos os
atletas e termos uma equipa competitiva feita para, a nível sub-23, ir para a
discussão de todas as corridas com as outras duas equipas que têm dominado a
cena do ciclismo sub-23.”
A chuva cai
incessantemente enquanto o pequeno pelotão percorre as estradas do Cartaxo, Rio
Maior, passando por Óbidos e Caldas da Rainha. À medida que o vento e o frio
fustigam os jovens corredores, os seus rostos não transparecem outra coisa
senão determinação e vontade de prosseguir rumo a uma temporada bem conseguida.
O primeiro pódio já foi alcançado neste início de Fevereiro pelo campeão nacional sub-23 de contra-relógio José Neves, 3º classificado no BTT Cidade do Cartaxo. O regresso de
José Neves à equipa, bem como o de Victor Valinho, é visto com naturalidade por
parte de José Nicolau, que assinala as qualidades de ambos os corredores. “O José Neves já se tinha destacado no
Campeonato Nacional de Contra-relógio, sendo connosco vice-campeão nacional [em
2014], uma surpresa para a toda a gente
menos para mim, porque logo nesse dia disse a uma determinada pessoa «toma nota
neste miúdo que ele vai discutir» e depois viu-se sendo batido unicamente pelo
Rafael Reis [W52-FCPorto], que em Portugal
é o expoente máximo a nível de contra-relógio, tirando o Nelson Oliveira [Movistar
Team]. Neste momento, o José Neves começa
a ser a referência do contra-relógio a nível de sub-23, com o passar do tempo e
o aperfeiçoamento também será uma referência do pelotão nacional, tanto de
elite como de sub-23. É um ciclista que tem outras capacidades e nós temos o
papel de fomentar essas qualidades.”
“O Victor Valinho foi o nosso primeiro
ciclista a ter um título nacional em júnior. Já foi campeão nacional sub-23
pelo Louletano e é um ciclista que tem um valor muito grande. Se calhar não fez
o percurso que devia ter feito na classe de sub-23, subindo a profissional
muito cedo e por vezes isso é mau para alguns atletas. Conversei com ele,
demos-lhe as condições que ele achava serem boas para ele dar ‘um passo para
trás para tentar dar dois para a frente’, como se costuma dizer na nossa gíria.
Não pensem que por estar numa equipa de sub-23 o Victor vai andar menos este
ano do que andava nos outros anos em que era profissional. Pelo contrário, o
Victor tem que andar muito mais do que aquilo que andou, tem de mostrar o seu
real valor e eu acredito nisso. Por isso contactei-o, porque tem de ser um
ciclista de topo e uma referência para o nosso pelotão.”
À medida que os
quilómetros e as horas passam, José Nicolau avalia a coesão do grupo, o ritmo
imposto, o posicionamento de cada elemento. Se por um lado tem em Victor
Valinho a experiência de um corredor elite, que já passou por uma equipa
continental, tem também a entrada dos mais novos corredores chegados do escalão
júnior, com os quais o trabalho de adaptação ao novo pelotão é mais acentuado.
Um deles é Marcelo Salvador, que se evidenciou em 2015 com a vitória da Volta a
Portugal dos Juniores, para além de se ter sagrado em 2012 campeão nacional de
fundo e contra-relógio no escalão de cadetes.
“A adaptação de qualquer atleta que
venha de juniores é um bocado complicada e nós tentamos sempre dizer-lhes isso.
Há aqueles que aceitam, que se adaptam melhor, outros que se adaptam pior. A
entrada em sub-23 é sempre um grande choque, porque nós temos o calendário
quase exclusivamente com os profissionais. Este ano temos algumas corridas só
para sub-23, que vai ser uma mais-valia. A primeira prova [Volta à Maia, 28/Fevereiro] para esse pessoal como o Marcelo Salvador vai
ser muito boa, porque não é um choque tão grande. Mas nós não pomos a pressão aos
de primeiro ano como o Marcelo, o João Ribeiro e o Álvaro Ferreira. A pressão
vai estar nos mais velhos. Não é porque o Marcelo ganhou a Volta a Portugal dos
Juniores que lhe vamos dizer que tem de fazer isto ou aquilo. Ele vai ter o
crescimento natural e as oportunidades. Só tem de trabalhar e estar o melhor
possível durante a época, fazendo aquilo que planeámos para ele”, conclui
José Nicolau.
Nos planos do
presidente e director desportivo estão, acima de tudo, os Nacionais. “Os objectivos principais têm a ver com o
Campeonato Nacional e com uma ou outra corrida com os profissionais como o
Troféu Joaquim Agostinho, porque como o Victor é elite não vai fazer a Volta a
Portugal do Futuro e este Troféu é uma das corridas mais importantes para ele.
A Taça de Portugal Sub-23 também é importante, são três corridas e vamos lá
para lutar, mas os objectivos mais definidos são os Nacionais. Coloco como
objectivo principal fazer muita publicidade à GoldWin-Team José Maria Nicolau e
para fazê-lo temos de fazer pódios, ganhar corridas. Temos de estar bem domingo
após domingo e isso vai ser o nosso objectivo. A equipa é grande, temos quatro
ciclistas dos mais velhos que podem garantir esse objectivo de estar bem em
todas as corridas que participemos.”
Com a entrada
do novo patrocinador, novos horizontes se abrem nos planos de José Nicolau.
Competir no estrangeiro, ao mais alto nível em sub-23, é uma das linhas de rumo
que quer percorrer lado-a-lado com a GoldWin. “Temos a confirmação de um país, mas é muito longe e para o primeiro
ano é impossível. Temos contactos com França, Espanha e gostaríamos de fazer
uma corrida em Itália, porque Itália é o mundo do ciclismo. É difícil as portas
abrirem-se, é uma luta constante, mas estamos a desbravar esse caminho para
podermos ir. As condições que eles dão de participação são excelentes, podíamos
aproveitar para desenvolver o contacto internacional, mas estamos a 2000 km do
centro do mundo do ciclismo e isso é muito. Encurtar esse tempo de viagem é
muito caro, porque ir de avião para esses sítios é um bocado complicado neste
primeiro ano. Mas queremos e temos contactos para fazer uma ou outra corrida em
França, temos confirmações em Espanha. Seria muito bom fazermos pelo menos três
corridas internacionais.”
Apesar da
firmeza dos jovens ciclistas, o tempo não ajuda e a subida a Montejunto tem de
ficar para outro dia. O regresso ao Cartaxo impõe-se pelas estradas do Cadaval,
não sem antes fazer uma pequena paragem para alimentar o corpo e ouvir mais umas
instruções de José Nicolau.
A conexão do
grupo revela-se a cada pedalada, dando sinais de estar tudo a postos para
enfrentar a nova temporada, que este ano conta com mais provas estritamente
direccionadas ao escalão comandado por José Nicolau. “Para além da Taça, continuamos a ter o Troféu Luso-Galaico. É uma luta
que nós equipas sub-23 temos tido, porque tacticamente os ciclistas não evoluem
tanto a correr com os profissionais. Evoluem fisicamente e a nível da
performance, mas tacticamente é ‘irmos atrás’, porque não conseguimos lutar
contra eles e isso é uma falha que temos. O ciclismo é muito mais do que 'ir
atrás' dos profissionais. Incutirmos objectivos directos é muito importante
nestas camadas jovens para o desenvolvimento deles e ainda bem que a Federação
fez este ano esse calendário [estreia da Taça de Portugal Sub-23 com três
provas pontuáveis]. Peca por serem poucas
corridas, mas vamos com calma e esperamos que das três corridas deste ano sejam
seis ou sete para o ano. Já foi frisado em uma ou outra reunião com a Federação
que era importante pelo menos uma vez por mês termos uma corrida para sub-23,
era o mínimo que nós queríamos e espero que com o passar do tempo se consiga.”
Para José
Nicolau, a principal lacuna no ciclismo português continua a ser a inexistência
de uma equipa Profissional Continental. “O
grande problema em Portugal é a falta de uma equipa Profissional Continental.
Precisávamos nem que fosse uma para termos os nossos melhores ciclistas nessa
equipa. A regra dos 28 anos é como tudo, é uma regra e as pessoas têm de se
adaptar, mas é pena chegar a um jovem de 28 anos e dizer que não tem lugar na
equipa, porque só se pode ter três ou quatro e com o número reduzido de equipas
que temos há sempre quem fica de fora. É muito ingrato. Penso que esta regra
poderia ser combatida com o aparecimento de uma equipa Profissional
Continental.”
O relógio
marca as 15h e o conta-quilómetros 127 km na chegada ao centro de estágio no
Cartaxo. No balanço final, dois furos e uma pequena queda sem consequências,
mas principalmente fica patente a rara fibra de que estes jovens são feitos.
Nas curtas
entrevistas realizadas aos jovens da GoldWin-Team José Maria Nicolau,
destacam-se as alcunhas pelas quais são conhecidos entre si, a primeira memória
no ciclismo, as perspectivas/objectivos para 2016 e as características enquanto
ciclista. As quedas e vitórias marcam a maioria dos jovens, passando o
principal objectivo pelo colectivo na entreajuda aos companheiros nesta
desafiante temporada.
Álvaro Ferreira
* “A
minha alcunha é Abelhinha, porque no primeiro estágio comi mel e a coisa não
correu bem.”
*
“Tenho bastantes memórias, mas a primeira é a de começar a fazer a gincana e as
primeiras corridas ficam sempre gravadas.”
*
“Este ano ainda não sei bem de objectivos, porque sou de 1º ano e vou um bocado
à descoberta do que vou encontrar. Venho de juniores e as coisas são um pouco
diferentes, vou ver como me adapto a todas as situações que o escalão sub-23
proporciona.”
*
“Sinto-me bem a subir e a rolar.”
André Ramalho
* “Sou
conhecido como Jihadista, não sei explicar porquê.”
*
“Comecei muito cedo, logo no escalão de iniciados. Um vizinho andava, como eu
não gostava de estar em casa e precisava de fazer alguma coisa fui também.”
*
“É uma equipa forte, por isso, espero que a época corra bem e estamos aqui para
nos ajudarmos uns aos outros. Pessoalmente, espero principalmente que a Volta a
Portugal [do Futuro] corra bem.”
*
“Acho que sou completo, mas mais forte a subir.”
Bruno Coelho
* “Sou
conhecido por Varetas, por ser o que tem as pernas mais finas.”
*
“Comecei em júnior de 2º ano e o que mais me marcou foi uma queda na corrida de
despedida para subir a sub-23.”
*
“Este ano os objectivos passam por ajudar a equipa e tentar fazer bons
resultados nas corridas.”
*
“Sou trepador.”
Diogo Dias
* “A
minha alcunha é Didi.”
*
“Só comecei em juniores e recordo a primeira corrida que venci, um circuito de 1 km ao qual tínhamos de dar 50 ou 60 voltas.”
*
“Sendo sub-23 de 4º ano, vou tentar dar o melhor e dar nas vistas para o ano
tentar subir a profissional. A época vai passar mais pela Taça e pela Volta a
Portugal [do Futuro].”
*
“Basicamente, sou melhor a subir.”
Fábio Oliveira
* “A
minha alcunha é Tinão.”
*
“A primeira memória que tenho é de quando comecei a correr, ainda não sabia
andar com os pedais e caí para trás.”
*
“Como sou sub-23 de 4º ano, os objectivos passam por dar nas vistas e também
ajudar a equipa.”
*
“Destaco-me na montanha e a rolar.”
João Fernandes
* “Aqui
sou conhecido por Michel.”
*
“A primeira recordação que tenho no ciclismo foi a prova em
Roriz, entrei a ganhar a primeira prova em juvenil e a partir daí só tenho boas
recordações.”
*
“Tenho como principal objectivo ganhar corridas. Independentemente de qual seja
a corrida, quero ganhar. Mas sou um ciclista muito humilde, não passo por cima
de ninguém para chegar aos meus objectivos.”
*
“Estando bem, consigo safar-me em qualquer terreno, apenas não sou muito bom no
contra-relógio.”
João Ribeiro
* “A
minha alcunha é Puto.”
*
“Sou muito novo no ciclismo, entrei o ano passado e a minha primeira memória é
a primeira e única vitória na Póvoa da Galega.”
*
“Não tenho muita experiência no ciclismo e, por isso, não tenho objectivos
estabelecidos, mas espero pela ajuda dos meus colegas e director desportivo.”
*
“Destaco-me como trepador, faço alguns contra-relógios bonzinhos e não me dou
mal a rolar.”
José Neves
* “A
minha alcunha é Rotações.”
*
“A primeira memória que tenho é ter ganho uma prova da Taça em júnior.”
*
“Ser campeão nacional é ver o trabalho realizado, é o cumprir dos objectivos.
Para este ano vou tentar revalidar o título e discutir todos os
contra-relógios, representar Portugal [na Selecção Nacional] e tentar ir para
fora no próximo ano.”
*
“Para além do contra-relógio, destaco-me a rolar e safo-me na montanha.”
Jorge Marques
* “Vou
dizer de outra maneira a minha alcunha para não ser tão agressiva…
‘Passarinhas’.”
*
“A minha primeira recordação no ciclismo é uma queda em cadete, quando comecei
no ciclismo. Acho que foi no primeiro ou segundo treino em que o treinador me
atropelou. Infelizmente, esse treinador já não está entre nós, o Sr. Manuel Martins
da equipa do Milharado.”
*
“Este ano temos um projecto renovado, com mais possibilidades de nos ajudar em
todos os aspectos. Independentemente dos objectivos individuais, a equipa está
sempre em primeiro lugar e eu sou das pessoas que gosta de viver muito o
dia-a-dia, tentar dar o melhor em tudo o que faço e esse é o objectivo.”
*
“Onde me consigo destacar melhor é nos contra-relógios individuais, talvez o
ponto fraco seja a montanha.”
Marcelo Salvador
* “A
minha alcunha é o Grandíssimo, penso que me chamam assim por ter ganho a Volta
a Portugal dos Juniores."
*
“À parte dos Campeonatos Nacionais, a Volta foi a vitória que mais me marcou,
foi muito importante ter ganho por ter sido no último ano de juniores e ajudar
a dar o salto para uma boa equipa sub-23.”
*
“Neste 1º ano de sub-23 não sei bem para o que vou em termos de objectivos. Gostava
de fazer bons lugares, sobretudo nas classificações de 1º ano. Sinto alguma
pressão, mas é normal e gosto que seja assim.”
*
“Penso que sou completo, não há nada em que me destaque.”
Victor Valinho
* “Não
tenho alcunha.”
*
“O primeiro campeonato nacional que eu ganhei foi o que mais me marcou.”
*
“Tive uns anos de ciclismo que correram um bocado mal e andava a precisar de
mudar. Tive algumas propostas para outras equipas profissionais, mas aqui tive
uma proposta bastante boa e decidi voltar, porque vou ter mais liberdade do que
teria numa equipa profissional e vou poder conciliar com os estudos. Penso que
vai ser melhor para mim. Em termos de ciclismo vou tentar andar na frente, sei
que tenho qualidade para isso e nos últimos anos nunca tive essa
oportunidade. Além disso, vou aproveitar para orientar os mais novos dentro do
pelotão, mostrar-lhes as manhas.”
* “Não sou trepador puro,
mas dou-me bem com terreno duro e também em alguns contra-relógios.”
Goldwin-Team José Maria Nicolau
Bicicletas Jorbi
Director Desportivo José Nicolau
Álvaro Ferreira (21/02/1997 CC Avidos júnior)
André Ramalho (11/03/1996)
Bruno Coelho (10/09/1996)
Diogo Dias (06/05/1994)
Fábio Oliveira (25/10/1994 Moreira Congelados-Feira-KTM)
João Fernandes (24/04/1995 Anicolor)
João Ribeiro (31/07/1997 CC José Maria Nicolau júnior)
José Neves (30/10/1995 Anicolor)
Jorge Marques (21/04/1996)
Sigo este blogue e nunca é demais realçar o excelente trabalho que aqui encontro.Mais uma vez parabéns.
ResponderEliminarFantástico artigo. Parabéns e continua!
ResponderEliminarMuita sorte também para a GoldWin-Team José Maria Nicolau.