O jovem Rúben
Guerreiro acaba de coroar a sua segunda temporada na Liberty Seguros/Feira/KTM
sendo eleito o 1º sub-23 do Ranking Nacional Ciclista do Ano, promovido pela
APCP – Associação Portuguesa de Ciclistas Profissionais. Com 20 anos de idade,
protagonizou uma série de bons resultados nas provas nacionais em que os sub-23
pedalaram lado-a-lado com os ciclistas profissionais, tendo fechado a Taça de
Portugal Elites no 3º lugar.
No seu
escalão obteve importantes triunfos, nomeadamente a Taça de Portugal Sub-23 e a
Volta a Portugal do Futuro, onde alcançou a vitória suprema da etapa rainha. Estes
brilhantes resultados levaram-no a participar no Tour de l’Avenir em França,
finalizando em 14º lugar, estando já pré-convocado para o Mundial de Ponferrada
em Espanha.
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| Rúben Guerreiro (© Podium / Volta a Portugal do Futuro) |
Fechas o ano sendo o 1º sub-23 do
Ranking Nacional APCP. É o coroar de uma excelente temporada?
Sim, é a recompensa de um ano de muito trabalho e de muita dedicação,
que deu numa excelente temporada.
Além das vitórias em sub-23, estiveste
na linha da frente em diversas corridas com os profissionais, terminando a Taça
de Portugal Elites em 3º do pódio. Que factores vês como fundamentais para
teres alcançado esta positiva regularidade?
Fui muito ambicioso nessas corridas. Consegui a vitória em sub-23, que
já era muito difícil, mas as coisas foram acontecendo naturalmente e assim
esses resultados apareceram. Nada disso seria possível sem ter a minha equipa a
apoiar-me, o meu chefe, todo o staff e
família.
Somaste ainda o triunfo da Taça em
sub-23 e também a etapa rainha e a geral da Volta a Portugal do Futuro. Pensas
que esta vitória adquiriu importância redobrada pelo facto da Volta estar
inserida este ano no calendário internacional UCI?
A Volta estar inserida no calendário internacional foi muito importante
para nós sub-23. Por essa razão esta vitória teve um sabor especial. Serão sempre bem-vindas mais
corridas como esta!
Estes resultados levaram-te a ser seleccionado
para o Tour de l’Avenir. Como foi viver esta experiência e como avalias a tua
prestação e da Selecção?
A participação no Tour de l'Avenir foi positiva para mim e para a Selecção.
A certa altura, estávamos em 2º lugar por equipas e foi pena o Ricardo [Vale]
ter adoecido, pois íamos lutar por essa classificação até ao fim. Isto mostra
que os sub-23 em Portugal têm muita qualidade. Quanto a mim, fiz uma corrida
regular. Não fiz uma preparação específica, portanto nos próximos anos vou
trabalhar para melhorar esta classificação.
Terminas agora o 2º ano em S. João de
Ver na equipa Liberty Seguros/Feira/KTM, vindo anteriormente do Alcobaça CC.
Como vês o teu crescimento enquanto ciclista nestes dois importantes clubes de
formação?
Tenho de agradecer as estas duas formações onde fui sempre muito bem
tratado. Sem dúvida, tenho evoluído devido a elas e também ao Mato-Cheirinhos,
que me acolheu no meu 1º ano de júnior.
O próprio Manuel Correia afirmou que
tu és dono de um enorme talento, descrevendo-te como sendo o próximo Rui Costa.
Vês-te dessa forma, com esse potencial?
É um enorme elogio, mas não vivo sobre essa comparação. Faço o meu
trabalho sempre com os pés bem assentes no chão.
Quanto ao teu futuro, em 2015 irás
permanecer na Liberty, acompanhas Manuel Correia no novo projecto ou existe
alguma outra proposta?
Nesta altura ainda nada está decidido nem surgiram propostas. Quando a
temporada acabar vou sentar-me com as pessoas certas e decidir o meu futuro.
______
(escrito em português
de acordo com a antiga ortografia)
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