De manhã até ao entardecer, ciclistas
pedalam numa estrada não muito longe do centro da capital lisboeta, desfrutando
de umas horas bem passadas em comunhão com a natureza. O stress da semana de
trabalho vai ficando no asfalto, pedalada a pedalada, recebendo novas energias
para a semana que irá começar no dia seguinte.
Com trajes a
rigor, vemos passar as preferências de uns e de outros… desde os maillots da
Sky, Tinkoff e Cannondale –os mais vistos por aqui–, não faltando o toque
lusitano da antiga Barbot –ao que parece bastante apreciada por estas bandas–.
Claro, há também quem não ligue ao colorido profissional, optando por roupa
mais casual.
De pedal a fundo
ou a um ritmo mais descontraído, o som das bicicletas funde-se entre o casario
e embrenha-se na natureza, desencadeando a sinfonia perfeita para a banda
sonora de um domingo passado na tranquilidade de uma vila da região saloia.
A descer
“todos os santos ajudam”, uns mais alinhados e aerodinâmicos que outros, por
vezes até podemos observar autênticos Nibalis lusitanos desfazendo curvas
descendentes como se de rectas planas se tratasse. Nas subidas, enquanto alguns
chegam a desmontar das suas máquinas, visto o peso do asfalto ser demasiado para
as suas pernas de ciclista domingueiro, outros há que surpreendem quais
Contadores de pé nas suas bicicletas, escalando o asfalto inclinado em busca do
prémio de montanha mais desejado, que neste caso revela ser o desesperado fim
da ascensão.
Vê-los passar
aos pares ou em solitário, a verdade é que nunca estão sós, pois a natureza
torna-se na companhia perfeita para estes ciclistas. Para quem vos escreve, são
a inspiração neste e tantos outros domingos passados a marcar páginas com
palavras ao som da sinfonia das bicicletas.
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(escrito em português de acordo com a antiga ortografia)
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