O
seleccionador nacional José Poeira deu hoje a conhecer os ciclistas eleitos para
representar Portugal no Campeonato do Mundo em Itália, Toscana:
23 Set,
CR sub23 - Rafael Reis (CEF)
24 Set, CR juniores - César Martingil (CJM) Gaspar
Gonçalves (ANI)
25 Set, CR elites - Nélson Oliveira (RLT) Tiago
Machado (RLT)
27 Set, Fundo sub23 - Frederico Figueiredo (LIB)
28 Set, Fundo juniores - César Martingil (CJM) David
Ribeiro (LIB) Gaspar Gonçalves
(ANI)
29 Set, Fundo elites - André Cardoso (CJR) Rui
Costa (MOV) Tiago Machado (RLT)
A escolha
não deve ter sido fácil dado o vasto leque de corredores com provas dadas
durante a temporada e, sem dúvida, é nos elites que se deposita a maior
esperança quanto a um bom resultado. Este facto deve-se não à menor qualidade
dos atletas nos outros escalões, mas sim ao ritmo competitivo a que os
profissionais estão habituados ao representar equipas estrangeiras e a
pedalar assiduamente no pelotão internacional.
Os
corredores juniores e sub23 raramente disputam provas internacionais, o que se
reflecte impreterivelmente nos resultados obtidos aquando das provas de
qualificação para o Mundial. Isto não invalida que possam fazer um bom
resultado, mas em comparação com as selecções rivais, os jovens portugueses
chegam a Toscana em desvantagem. Aliás, no caso dos sub23, ter apenas um
corredor na prova de fundo espelha bem a fraca política que se tem praticado
neste escalão, o qual há dois anos nem sequer participa no Tour de l’Avenir,
uma das provas mais importante para levar mais longe o nome dos ciclistas. A aposta
e valorização dos escalões de formação parece estar a diminuir, bem como o
número de equipas de clube no país. Se no presente esta situação é preocupante,
a longo prazo o ciclismo luso sentirá as consequências no pelotão profissional.
Contudo,
no final do Campeonato do Mundo apenas se irá olhar à classificação e ao nome
do corredor. Pelo meio, perde-se a perspectiva real do porquê daquele resultado…
os escalões de formação não disputaram praticamente provas internacionais nenhumas
e os corredores profissionais seleccionados apenas têm capacidade para estar a
par dos adversários, porque competem nesse pelotão ao longo da temporada,
sendo-lhes familiar a elevada quilometragem e o ritmo vivido no pelotão.
Web oficial: www.toscana2013.it
(escrito em português de acordo com a antiga ortografia)
Comentários
Enviar um comentário