Samuel
Caldeira é o mais recente líder do Ranking Ciclista do Ano, elaborado pela APCP
– Associação Portuguesa de Ciclistas Profissionais. O sprinter de 29 anos da
W52-Quinta da Lixa entrou directamente para o 1º lugar do Ranking Nacional,
fruto da regularidade alcançada nas provas do calendário luso do mês de Março.
A temporada
de estrada em Portugal iniciou-se com a Volta ao Algarve, em Fevereiro, mas foi
em Março que o asfalto se encheu de competição com cinco provas realizadas,
quatro das quais inseridas no calendário UCI Europe Tour e integrantes do
programa Cyclin’Portugal, desenvolvido pela Federação Portuguesa de Ciclismo. Samuel
Caldeira destacou-se precisamente nestas corridas entre um pelotão mais
internacional e competitivo, sendo 6º na Clássica de Loulé e no Grande Prémio
Liberty Seguros e alcançando um brilhante 4º lugar na geral da Volta ao
Alentejo, prova onde ainda agarrou a camisola dos pontos.
Para
Caldeira, este início de temporada «tem
vindo a ser gradual e positivo, tanto que me foi possível atingir a liderança
do Ranking APCP. Tenho estado perto de triunfar, sinal da minha competitividade
e regularidade. A vitória tem estado perto, mas continuando a trabalhar
certamente irá surgir».
Recentemente
na Volta ao Alentejo, a equipa esteve à beira de conquistar a camisola amarela,
triunfo que fugiu por escassos segundos ficando o companheiro galego Delio
Fernández em 2º a 7s e Samuel Caldeira em 4º a 10s. «A W52-Quinta da Lixa-Jetclass esteve extraordinária nesta Volta ao
Alentejo. Dado o traçado da Volta, a equipa entrou com dois líderes, eu e o Delio,
pois era uma mais-valia ter duas opções. Tínhamos como objectivo vencer e se
não chegámos à vitória foi porque o vencedor final, Pawel Bernas, foi mais
forte no momento certo».
A vitória nestas
provas não só teimou em fugir à W52-Quinta da Lixa como às restantes equipas
portuguesas, acabando o triunfo por recair nas esquadras visitantes. Para
Caldeira, este facto deve-se a que «as
equipas estrangeiras têm beneficiado bastante do factor surpresa, por serem um
pouco mais desconhecidas para os atletas portugueses, dando-lhes mais liberdade
e menos marcação». E sobre a famosa questão das equipas nacionais focarem a
temporada primordialmente na Volta a Portugal, esclarece: «à parte de ter a ambição de revalidar a vitória na Volta a Portugal, na
W52-Quinta da Lixa-Jetclass não se põe de parte o objectivo de lutar pelas
outras competições em que participamos».
A competição
não pára, sendo Abril e Maio meses bastante internacionais para a equipa de
Samuel Caldeira, que ruma a Espanha onde «irá
estar presente no Gran Premio Miguel Indurain, Vuelta a La Rioja, Klasika Primavera de Amorebieta,
Vuelta a Castilla y León, Vuelta Asturias e Vuelta Comunidad de Madrid, sempre
com o objectivo de obter o melhor resultado possível», provas do calendário UCI Europe Tour. Pessoalmente, para o
actual líder do Ranking Ciclista do Ano, o objectivo «é sempre alcançar vitórias em qualquer
corrida que esteja presente».
Realizado para APCP
(escrito em português de acordo com a antiga ortografia)
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