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O legado de talentos da Volta a Portugal

A Volta a Portugal é a rainha das corridas lusitanas e um ponto importante de afirmação de diversos ciclistas, que pedalam ao mais alto nível no pelotão internacional. Para além de Portugal, países como a República Checa, Alemanha, Austrália, Bélgica, Itália, França, Espanha, Cazaquistão e África do Sul viram brilhar na Grandíssima alguns dos seus conceituados corredores, quer em vitórias por etapas, quer na promissora classificação da juventude, desde os ciclistas mais experientes até às jovens promessas da modalidade. Neste artigo, repassamos alguns dos nomes que marcaram a história da Volta nos últimos anos e continuam em evidência no plano internacional.


 
© Helena Dias


A juventude na Volta a Portugal


Uma das mais desejadas camisolas de qualquer corrida, para além da amarela símbolo da liderança da geral, é a camisola da juventude, que premeia os melhores jovens ciclistas de cada competição. A Volta a Portugal não é excepção e, ao recuarmos alguns anos, deparamo-nos com rostos que hoje em dia abrilhantam o pelotão internacional pelas suas marcantes performances.

Este ano, tivemos no Giro d’Italia um outsider bastante falado ao longo das três semanas da Corsa Rosa. Jan Hirt, corredor checo de 26 anos da equipa Pro Continental polaca CCC Sprandi Polkowice, foi um dos homens em destaque na luta pelos lugares cimeiros da geral, fechando a histórica 100ª edição no 12º lugar. Embora a 20 minutos do vencedor Tom Dumoulin (Team Sunweb), a verdade é que a performance de Jan Hirt deu visibilidade à sua equipa, sendo uma das afortunadas a receber o wildcard para integrar o pelotão do Giro. Já em 2016, se tinha evidenciado com a vitória de uma etapa e da geral do Tour of Austria.

Mas quem foi Jan Hirt na Volta a Portugal? Para responder a essa questão, temos de recuar a 2013, ano em que o ciclista checo fechou a competição lusa em 15º da geral e foi o mais forte na classificação da juventude, ao serviço da equipa Continental Leopard-Trek, por desclassificação do cazaque Vladislav Gorbunov (Continental Team Astana). No decorrer dessa edição, Jan Hirt foi sempre subindo na geral, destacando-se o 15º posto na chegada ao alto da Torre, na antepenúltima jornada. Nesse ano, também esteve no pódio da juventude o português Rafael Silva, de 26 anos e actual ciclista da equipa Continental Efapel, que no ano anterior tinha conquistado a mais importante prova lusa do escalão sub-23, a Volta a Portugal do Futuro.

No ano de 2012 encontramos três nomes no pódio da juventude, que hoje representam equipas WorldTour: os espanhóis David de la Cruz (Quick-Step Floors), Omar Fraile (Team Dimension Data) e o português José Gonçalves (Katusha-Alpecin). De la Cruz, de 28 anos, venceu o ano passado uma etapa na Vuelta a España e este ano imperou numa etapa do Paris-Nice e da Vuelta al Pais Vasco. Fraile, de 26 anos, venceu em 2015 o Giro dell’Appennino, a penúltima etapa de 4 Jours de Dunkerque e já em 2017 foi o ciclista responsável pelo 2º lugar de Rui Costa (UAE Team Emirates) na chegada a Bagno di Romagna, vencendo assim a 11ª etapa do Giro d’Italia.

José Gonçalves, de 28 anos, mostra-se em plena ascensão ao subir este ano ao escalão máximo do WorldTour, depois de em anos anteriores ter conquistado importantes vitórias como La Poly Normande em 2013 com a equipa Continental La Pomme Marseille, duas etapas na Volta a Portugal em 2015 e 2016 com a Pro Continental Caja Rural-Seguros RGA. Em 2015 esteve por duas vezes perto de vencer uma etapa na Vuelta a España, ao finalizar em 2º e 3º na meta. Em 2016 conquistou o Presidential Cycling Tour of Turkey e ainda arrecadou uma etapa no Grande Prémio Internacional Beiras e Serra da Estrela. Em 2017, para além da participação no Giro, sobressaiu na duríssima prova italiana Strade Bianche com um assinalável 11º lugar.

No ano de 2014, a camisola da juventude ficou nas mãos de um corredor da Selecção Nacional: David Rodrigues fechou a edição desse ano em 19º da geral e em 2017, com 25 anos, alcançou a sua primeira vitória profissional no Grande Prémio Mortágua [prova da Taça de Portugal] pela equipa Continental RP-Boavista. O 2º lugar do pódio da juventude desse ano pertenceu a Frederico Figueiredo, de 26 anos e que este ano se estreia com as cores da Continental Sporting-Tavira, somando importantes resultados demonstrativos da sua qualidade de trepador em duras provas como a Vuelta a Castilla y León (5º CG), Clássica da Arrábida (8º CG), Clássica Aldeias do Xisto (9º CG) e Grande Prémio Internacional Beiras e Serra da Estrela (10º CG).

Em 2015 foi a vez do russo Aleksey Rybalkin vestir a camisola branca da Volta pela Continental  Lokosphinx, brilhando logo em seguida com um 12º lugar no Tour de l’Avenir [Volta a França do Futuro]. No ano seguinte, subiu para a equipa Pro Continental Gazprom-Rusvelo, na qual permanece até hoje com 23 anos.

Na mais recente edição de 2016, foi novamente um ciclista russo da Lokosphinx quem triunfou na juventude: o russo Alexander Vdovin, de 23 anos, que esteve em destaque já este ano no Giro dell’Appennino ao finalizar em 12º da geral.


As vitórias internacionais nas etapas da Volta a Portugal


Nos mais recentes anos, a Volta a Portugal teve nas suas linhas de meta inúmeros nomes do pelotão internacional a conquistarem vitórias nas estradas lusas. Recuando à edição de 2010, Lamego viu o espanhol José Herrada vencer de forma peremptória a 6ª etapa para a Caja Rural, equipa que na altura pertencia ao escalão Continental. Hoje, com 31 anos, ao lado do campeão nacional de contra-relógio Nelson Oliveira, defende as cores da WorldTour Movistar Team. A sua estadia na equipa começou em 2012 e logo no ano seguinte terminou a Vuelta a España em 12º da geral, vencendo em 2015 a Klasika Primavera Amorebieta.

Do ano de 2011, destacamos as vitórias do italiano Andrea Guardini e do norte-americano Jacob Rathe, ambos praticamente da mesma idade. Pela equipa Farnese Vini-Neri-Sottoli, Guardini fulminou a concorrência ao sprint na chegada da 6ª etapa a Viseu. Actualmente com 28 anos, é companheiro de Rui Costa na UAE Team Emirates e conta no seu palmarés com 39 vitórias, entre elas a 17ª etapa do Giro d’Italia de 2012 com chegada a Vedelago. Jacob Rathe veio com a Chipotle-First Solar Development Team vencer na chegada da 11ª etapa à Sertã, contando nesse ano com um destacável 3º lugar no pódio da clássica Paris-Roubaix Espoirs. No ano seguinte, subiu ao WorldTour com a Garmin Sharp e, desde 2014, pedala na norte-americana Jelly Belly p/b Maxxis, completando este ano 26 anos de idade.

O ano de 2012 foi marcante para os sul-africanos Reinardt Janse van Rensburg e Jay Robert Thomson, tendo ambos vestido a camisola amarela da Volta a Portugal. Rensburg abriu e fechou a Volta a vencer, triunfando no contra-relógio inaugural em Castelo Branco e na última etapa com chegada à capital Lisboeta, conquistando ainda a camisola dos pontos. Nesse ano militava na MTN Qhubeka, passando dois anos pela Argos-Shimano e regressando em 2015 à equipa sul-africana, na qual permanece até hoje já no escalão WorldTour, agora designada Dimension Data. Aos 28 anos de idade, acaba de se sagrar em 2017 campeão nacional de fundo e bronze em contra-relógio, tendo em 2012 conquistado o ouro em contra-relógio. Entre as vitórias do seu palmarés, destaca-se em 2011 a 2ª etapa do Jayco Herald Sun Tour, em 2012 a Ronde van Zeeland Seaports, em 2013 a Binche-Chimay-Binche e em 2016 o Tour de Langkawi. Este ano foi 7º na prova belga Scheldeprijs, 5º no GP du Canton d’Argovie e obteve o 9º lugar no Dubai Tour.

Quanto a Jay Robert Thomson, actualmente com 31 anos de idade e companheiro de Rensburg na Dimension Data, veio à Volta com a UnitedHealthcare e foi o segundo camisola amarela dessa edição. Venceu na chegada da 1ª etapa em Oliveira do Hospital, permanecendo na liderança até à 4ª etapa. Foi campeão nacional de fundo em 2013, ano em que venceu uma etapa no Tour of Rwanda, onde também foi líder.

Em 2013 destacam-se as vitórias do alemão Christoph Pfingsten, do espanhol espanhol Sergio Pardilla e do francês Maxime Daniel. Actualmente com 29 anos, Pfingsten é companheiro de equipa do campeão nacional luso José Mendes na BORA-hansgrohe. Na altura, venceu com a equipa De Rijke-Shanks o contra-relógio colectivo do prólogo em Lisboa, vestindo a camisola amarela. Em 2015 entrou na equipa alemã, onde permanece até hoje e com a qual foi 5º no Tour of Denmark em 2016.

Pardilla, de 33 anos, encontra-se na Caja Rural-Seguros RGA desde 2015. No ano anterior, vestiu a camisola amarela da Volta a Portugal com a equipa MTN-Qhubeka, após vencer a 4ª etapa no alto da Sra. da Graça, perdendo a liderança na 8ª etapa com chegada à Torre. Entre as vitórias da sua carreira contam-se etapas na Vuelta a la Rioja, Vuelta a Andalucia, Vuelta a Burgos e Vuelta a La Comunidad de Madrid, onde também imperou na geral. Em 2017 já conquistou bons lugares no Tour of the Alps (13º), Vuelta Asturias (6º), Vuelta a Madrid (9º) e no Grande Prémio Internacional Beiras e Serra da Estrela (9º).

Maxime Daniel, de 26 anos, estreou-se em 2017 na Fortuneo-Vital Concept, estando perto da vitória na Ronde de l’Oise ao finalizar duas etapas no 2º lugar. Na edição de 2013 da Volta a Portugal, venceu ao sprint em Castelo Branco a 6ª etapa, estando perto de outra vitória na 1ª etapa ao ser 2º na luta ao sprint.

A Volta de 2014 contou com a vitória de dois nomes de diferentes gerações, mas de grande talento na estrada: o espanhol Victor de la Parte e o alemão Phil Bauhaus. Com a equipa lusa Efapel, Victor de la Parte venceu nesse ano o prólogo em Fafe e vestiu a camisola amarela, que perdeu no final da 3ª etapa para o corredor que viria a vencer a Volta, o galego Gustavo Veloso (W52-FC Porto). Aos 30 anos de idade, encontra-se no WorldTour pela mão da Movistar Team, com a qual disputou a sua primeira grande volta, o Giro d’Italia. Em 2015 teve em grande destaque com a Team Vorarlberg ao vencer duas etapas e a geral do Tour of Austria. Antes de ingressar na Movistar Team, passou um ano na CCC Sprandi Polkowice.

Vencedor de duas etapas na Volta de 2014, a 1ª jornada com chegada à Maia e a 6ª jornada em Viseu, o jovem promissor Phil Bauhaus, de 22 anos, subiu este ano ao WorldTour com a Team Sunweb e já conquistou a sua primeira vitória WorldTour em Mâcon, no final da 5ª etapa do Critérium du Dauphiné. Antes, fez o primeiro Giro d’Italia da sua carreira, estando na disputa de duas etapas, cruzando a meta no Top 5 e rivalizando com André Greipel (Lotto Soudal) e Fernando Gaviria (Quick-Step Floors). No palmarés conta ainda em 2016 com as vitórias de etapas no Tour d’Azerbaïdjan e Tour of Denmark.

Do ano de 2015, destacamos as vitórias do belga Gaetan Bille, o italiano Matteo Malucelli e os espanhóis Delio Fernández e Eduard Prades. Nesta edição da Volta, Gaetan Bille, de 29 anos, foi o primeiro camisola amarela ao vencer o prólogo, em Viseu, com a equipa Continental Verandas Willems, com a qual está em 2017 já no escalão Pro Continental. Perdeu a liderança na 3ª etapa para Gustavo Veloso (W52-FC Porto), vencedor da geral pelo segundo ano consecutivo. O ano passado, Bille destacou-se em diversas provas do calendário europeu UCI, como o Circuit Cyclist Sarthe (5º CG), GP Marseillaise (9º CG), Tour de Luxembourg (9º CG) e GP du canton d’Argovie (9º CG).

Matteo Malucelli, de 23 anos, fechou a Volta de 2015 com uma vitória ao sprint em Lisboa pela Continental Team Idea 2010 ASD. Em 2017, ingressou na Pro Continental Androni Giocattoli, vencendo duas etapas e a camisola dos pontos no Tour of Bihor e também a 2ª etapa no Tour de Slovaquie.

Um rosto bem conhecido do pelotão nacional é o de Delio Fernández, de 31 anos, que passou cinco temporadas ao serviço de equipas lusas, os três últimos anos na estrutura actualmente designada W52-FC Porto. O ano de 2015, no qual venceu duas etapas com chegada em alto na Volta [Serra do Larouco e alto da Torre], marcou o adeus a Portugal com a subida ao escalão Pro Continental pela Delko Marseille Provence KTM, onde permanece até aos dias de hoje. No seu palmarés conta com mais uma vitória de etapa na Volta de 2013, na chegada da 3ª etapa a Fafe, e em 2016 esteve em destaque na geral do Tour of Austria (4º CG) e em 4 Jours de Dunkerque (6º CG).

Eduard Prades, de 29 anos, também fez parte do pelotão lusitano nos anos de 2013 e 2014 na OFM-Quinta da Lixa [actual W52-FC Porto], estando na Pro Continental Caja Rural-Seguros RGS desde 2015, ano em que venceu a 8ª etapa da Volta, em Castelo Branco. Nesse ano venceu ainda a Coppa Sabatini, conquistando no ano seguinte a Philadelphia International Cycling Classic e a 1ª etapa do Grande Prémio Internacional Beiras e Serra da Estrela.

Da última edição da Volta a Portugal, destacamos de 2016 as vitórias do australiano William Clarke e do italiano Francesco Gavazzi. O experiente Clarke, de 32 anos, subiu este ano ao WorldTour pela Cannondale-Drapac. No ano anterior, venceu com a Pro Continental Drapac a 3ª etapa em Macedo de Cavaleiros. Na sua carreira, conta com mais 8 vitórias profissionais, para além da etapa na Volta: o prólogo do Tour of Austria e do Herald Sun Tour (2016), duas etapas no Tour de Taiwan (2016), o prólogo do Herald Sun Tour (2015), uma etapa no Tour of Iran (2014), o prólogo no Tour of Japan (2014) e uma etapa no Santos Tour Down Under (2012).

Francesco Gavazzi, de 32 anos, está pelo segundo ano consecutivo na equipa Pro Continental Androni Giocattoli, com a qual venceu em Fafe a 2ª etapa da Volta. Na sua carreira conta com mais duas etapas em 2011, a 8ª etapa em Castelo Branco e a 12ª etapa em Lisboa. Estas três vitórias fazem parte das 11 da sua carreira, entre elas o Memorial Marco Pantani (2016), uma etapa na Vuelta a España (2011), duas etapas na Vuelta al Pais Vasco (2011/2010), uma etapa no Tour of Beijing (2012), a Coppa Agostini (2010), uma etapa no Giro di Sardegna (2010) e a prova alemã Rund Um Die Nürnberger-altstadt (2009). Ao longo da sua carreira passou pelas equipas WorldTour Astana, durante três anos, e pela Lampre, durante 6 anos.


Volta a Portugal é detentora de um importante legado de talento


Ao longo de décadas, a Volta a Portugal tem reunido no seio do seu pelotão uma série de talentos, quer jovens em afirmação quer ciclistas bastante experientes, que comprovam a dureza e exigência da prova rainha do calendário luso. Nela brilharam os referidos nomes e muitos mais, preenchendo o palmarés ao longo de 90 anos e 78 edições, tendo o Cycling & Thoughts apenas recuado até ao ano de 2010 para esta análise.

Fechamos este recordar da história recente da Volta a Portugal com o nome de um dos mais jovens promissores do ciclismo português, que vestiu a primeira camisola amarela na última edição. Rafael Reis, de 24 anos, venceu o prólogo em Oliveira de Azeméis e subiu ao pódio como primeiro líder da geral. Esse momento foi o coroar de uma temporada de sucesso ao serviço da W52-FC Porto, com oito vitórias e a conquista do troféu “Ciclista do Ano”, pelo ranking nacional elaborado pela APCP – Associação Portuguesa de Ciclistas Profissionais. De Portugal para o estrangeiro, Rafael Reis subiu em 2017 ao escalão Pro Continental com a Caja Rural-Seguros RGA, estando já este ano perto de vencer o prólogo de Boucle de la Mayenne (4º) e a 1ª etapa da Vuelta a Castilla y León (3º), fechando a primeira competição do ano em 15º da geral na Vuelta a San Juan, prova na Argentina ganha por Bauke Mollema (Trek-Segafredo). Um nome que brilhou na Volta e voou a toda a velocidade para o pelotão internacional.

O legado continuará a ser construído já nos próximos dias 4 a 15 de Agosto, quando a Volta a Portugal cumpre a 79ª edição na estrada, prometendo ser novamente reveladora de jovens talentos ou revalidar o valor dos mais experientes ciclistas.

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