O ciclista
luso de 30 anos pontuou de sucesso o primeiro ano além-fronteiras, estreando-se
em competições nunca antes pedaladas e obtendo resultados assinaláveis: 11º no
Dubai Tour, 5º na La Tropicale Amissa Bongo, 6º no Tour du Maroc onde
alcançou a importante vitória da 3ª etapa e classificação da montanha, 15º
na Vuelta a Castilla y León, 26º na Vuelta Asturias, 4º no International Tour
de Banyuwangi Ijen onde esteve próximo de vencer a 2ª etapa com um 2º lugar, 18º
no Tour of Japan e 38º na prova de fundo dos Jogos Europeus em Baku nos finais de
Junho.
Edgar Pinto (© Humaid Al Sabagh) |
Numa temporada brilhante em resultados obtidos em provas de diversos continentes, ficou a faltar a esperada presença da equipa na Volta a Portugal. Edgar Pinto perfilou-se nos últimos anos como um forte candidato à vitória da prova rainha do calendário português, sendo de esperar a sua vinda proximamente e escudado pela forte armada do Dubai.
A
inevitável paragem da equipa pelo mês do Ramadão prolongou-se até aos meses finais do ano, bastante preenchidos por provas do calendário asiático com início
no Tour of China. Precisamente na penúltima etapa da referida competição no início do mês de Outubro, com Edgar
Pinto novamente na luta pelos lugares cimeiros, o ciclista luso viu o final de
temporada ser abruptamente interrompido, fruto de uma queda causada pelo
atropelamento por parte de uma mota da organização da prova e consequente
fractura do colo do fémur, levando a uma obrigatória pausa de várias semanas
até se restabelecer na totalidade e poder regressar à bicicleta.
O regresso de
Edgar Pinto à competição prevê-se apenas para o início de 2016, tendo já confirmada
a continuidade na Skydive Dubai, esquadra que soma desde Janeiro 20 vitórias
em provas UCI e ocupa actualmente o 1º lugar do Ranking UCI Africa Tour por equipas. Constituída pela junção de jovens promissores e experientes
corredores, a equipa desempenha um importante papel na crescente cultura
ciclística dos Emirados e é também a parte mais visível do projecto ambicioso da
Federação, que visa desenvolver desde a base um conjunto de atletas dos
Emirados e garantir-lhes através da equipa o acesso a competições
internacionais ao mais alto nível. Para tal, a Federação conta com o também luso Ricardo Martins, ex-ciclista profissional e campeão nacional, que tem sido parte fundamental no desenvolvimento e crescente sucesso deste projecto.
A escolha
acertada de corredores tem ditado o êxito da Skydive Dubai, que completa o segundo
ano na estrada tendo como um dos elementos da direcção desportiva Humaid Mehrab,
ex-ciclista e personalidade bastante respeitada no Golfo e Países Árabes. Determinante
tem sido o espanhol Francisco Mancebo, presente desde o início e peça
fundamental pela sua vasta experiência internacional e dono de um valor humano
basilar pela forma como transmite os seus conhecimentos aos mais novos e como
sabe liderar de forma inteligente e coerente, tendo já este ano alcançado a
assinalável vitória do Tour of Egypt com triunfo da 1ª etapa. Com um número
destacável de vitórias, o tunisino Rafaâ Chtioui soma 7 triunfos entre os
quais o título de campeão nacional de fundo e contra-relógio, à semelhança do
duplo campeão nacional marroquino Soufiane Haddi com 4 vitórias na
temporada. O sprinter italiano Andrea Palini não foge à regra e a toda a
velocidade já conquistou 5 linhas de meta. Entre as mais jovens promessas dos Emirados, tem-se vindo a consolidar a aprendizagem e crescimento desportivo de Khalid Ibrahim e Sultan Alhammadi, contando ainda com a recente chegada de Al Ali Ibrahim. No grupo destaca-se ainda o ciclista local Mohammed Al Murawwi, importante rosto da Selecção dos Emirados e vice-campeão nacional de contra-relógio.
Edgar Pinto fecha assim um ano sobre rodas na Skydive Dubai, pontuado de bons resultados em provas de grande dureza e desgaste
físico, integrando-se na perfeição e trazendo ao grupo a qualidade de trepador e
forte capacidade de recuperação em corridas por etapas, bem como o equilíbrio e
ponderação inatos à sua personalidade.
Mais uma vez parabéns pelo acompanhamento contínuo do trabalho dos ciclistas bem como da modalidade tanto no País como no estrangeiro
ResponderEliminarÓptimo artigo, parabéns Helena!
ResponderEliminar