No próximo dia 17 de Março vai
para a estrada a Clássica Aveiro-Fátima/Troféu LabMed, que reúne o pelotão português elite e sub-23.
Também nesse dia dar-se-á o tiro de partida do calendário de juniores e cadetes
com a realização da Prova de Abertura de ambas as categorias. Por esta razão, é
tempo de olhar para as camadas mais jovens.
Qualquer ciclista, ao entrar numa
prova, tenta dar tudo de si. Esta frase não é nenhuma novidade, seja qual for o
escalão de idade que estejamos a falar, e os jovens
portugueses mostram a força do sonho de ser ciclista a cada pedalada nas
corridas disputadas. Se em sub-23 a luta por permanecer no pelotão no ano
seguinte é, muitas vezes, mais mental do que física, em juniores e cadetes todas
as decisões parecem estar muito distantes de ser tomadas. No entanto, não é por isso que
deixam de dar espectáculo nas estradas portuguesas, como podemos observar mais
atentamente em 2012. Falamos apenas de dois nomes, tendo perfeita percepção da
injustiça de não nomear todos aqueles lutam pelo futuro do ciclismo luso.
Tiago Daniel Machado, a temporada
passada a correr pelo clube Silva &
Vinha/ADRAP/Sentir Penafiel e este ano no Alcobaça CC/Crédito Agrícola, revelou-se
lutador na estrada e brilhante em pista. Se em cadetes mostrou qualidades
extraordinárias em ambas as modalidades, em 2013 o nosso olhar seguirá as pedaladas deste júnior
português com adicional expectativa.
David Ribeiro, em 2012 com as
cores do CC Avidos/Metalização A. Lemos e esta temporada a acrescentar valor à
equipa júnior Liberty Seguros/Feira/KTM, prendeu a atenção de todos quantos
seguiram a 7ª Volta a Portugal Júnior e se surpreenderam com a sua técnica
aguerrida de trepador ao vencer a camisola da montanha, fazendo prever uma maior evolução na actual temporada.
No fundo, olhamos cada um dos heróis
das estradas desde pequenos até profissionais e temos plena consciência de que ser
ciclista não é uma profissão, é uma paixão. Desfrutar de cada pedalada nas
estradas, mesmo após quilómetros e quilómetros à chuva ou debaixo de um sol que
consome cada gota de ânimo para chegar à linha de meta, não é fácil. Mas eles
conseguem fazê-lo e, quando chegam ao final de uma prova, parecem gostar ainda
mais da bicicleta. É assim quando pedalam em elites, assim é quando pedalam em cadetes e juniores. Podemos ver a imagem dessa paixão traduzida na forma como procuram o seu lugar no ciclismo, abordando todas as modalidades com o mesmo empenho e interesse com que enfrentam a dureza da estrada. O futuro do pelotão nacional torna-se, deste modo, cada vez mais prometedor quanto à sua qualidade e consequente expansão internacional.
[Fotos: Facebook Tiago Daniel Machado e David Ribeiro]
(escrito em português de acordo com a antiga ortografia)
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