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Sensações da Volta ao Algarve - 3 Etapa


As sensações da terceira etapa da Volta ao Algarve não advêm, como nos dias anteriores, das imagens reflectidas pela televisão... uma jornada como esta não pode ser reduzida a cerca de 10 minutos de transmissão.

A escalada ao Alto do Malhão esconde em si uma luta desigual de forças entre o ciclista e a montanha. Cada pedalada tem de ser observada para se entender o porquê de terminar em 10º ou 13º, em vez de alcançar a meta em 1º lugar. E se as imagens têm de ser tão minuciosamente escolhidas, pois os resumos são curtos, é natural que não se dê relevo a todos aqueles que merecem destaque neste dia. Assim, faço uso das sensações transmitidas pelo ciclista André Cardoso à Rádio Gilão, estação que nunca ouço e ultimamente tem sido fonte de informação imprescindível para seguir a nossa Algarvia.

No Alto do Malhão, André Cardoso confessou ao repórter a dureza da etapa, o quanto a sua equipa Caja Rural trabalhou no pelotão, o que ele lutou para alcançar um bom resultado na subida que se fazia interminável a cada metro ultrapassado. Cada golpe de pedal ficou perdido no meio de tantos outros não partilhados pelas imagens televisivas. Cruzou a meta em 13º e cada segundo, dos 33 a que ficou do vencedor colombiano Sergio Henao, esconde a sua entrega e a superação das dificuldades ao tentar alcançar a meta tão desejada.

E o que dizer do 21º lugar de Daniel Silva (Rádio Popular-Onda) e o 23º de Ricardo Vilela (Efapel/Glassdrive), portugueses de equipas Continentais que ficaram a menos de 1 minuto do vencedor da WorldTour Sky? A meu ver, dois resultados bastante positivos para um ciclismo que se crê pequeno, mas que tem grandes valores. Só necessita ser divulgado, mas isso já é outra história...

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