Bruno Silva (LA
Alumínios-Antarte) converteu-se no mais recente rei da montanha da Volta a Portugal, um título nada fácil de conquistar e que demonstra a sua grande qualidade
de trepador. Ao longo da temporada, o ciclista de 27 anos destacou-se uma vez
mais nas estradas lusitanas pela notável combatividade e capacidade de
comprometido total com a sua esquadra, que terminou o ano num assinalável terceiro
lugar do ranking nacional Equipa do Ano, promovido pela APCP - Associação
Portuguesa de Ciclistas Profissionais.
Em ano de
regresso à LA Alumínios-Antarte, onde pedalou durante três anos antes de passar
pela Efapel em 2014, Bruno Silva foi protagonista em diversas corridas do
calendário nacional, evidenciando-se na Volta a Portugal pela forte exibição de
luta pela montanha. A camisola azul de difícil triunfo foi conquistada ao sabor
de duros golpes de pedal, uma persistência admirável em entrar constantemente
nas fugas de cada jornada, construindo diariamente uma larga vantagem até
culminar na subida ao pódio final na capital Lisboeta. Este
triunfo na prova rainha nacional foi uma meta pensada e brilhantemente
conquistada: “Parti para a Volta a Portugal com esse objectivo. O meu director
desportivo Mário Rocha deu-me essa oportunidade e tentei agarrá-la. Foi uma
luta diária para conseguir esse objectivo, mas com a ajuda de toda a equipa
tudo se tornou mais fácil”, afirmou-nos Bruno Silva.
Apesar de somente três elementos terem transitado da época anterior, a
equipa de Paredes mostrou-se coesa e forte em competição, reflectindo-o numa temporada
preenchida de bons momentos e vitórias a nível colectivo e individual. “A
equipa foi formada por muitos jovens, um grupo unido e a rumar para um só lado.
Daí os resultados terem surgido naturalmente. Foi uma época muito positiva tanto
a nível pessoal como de equipa. Destaco duas provas, o Grande Prémio Jornal de
Notícias, onde estive na discussão da prova e acabei em 3°, e a Volta a
Portugal com a conquista do prémio da montanha, que considero o mais importante
até ao momento.” Bruno Silva somou ainda mais três Top 10, nomeadamente
no Circuito de Nafarros (5º), no Troféu Joaquim Agostinho (9º) e na segunda
prova da Taça de Portugal Troféu Oliveira de Azeméis (10º), triunfando por
equipas no Troféu Alpendre Internacional do Guadiana e na Volta ao Alto Tâmega.
A nível
internacional, a LA Alumínios-Antarte participou apenas na Vuelta a Madrid. Para
Bruno, “Foi uma prova que não nos correu como esperávamos. Por um ou outro
motivo, as coisas não saíram bem, mas as provas são assim mesmo e aprendemos
sempre com o que falha.”
No balanço da época desportiva, “Penso
que consegui cumprir com os objectivos. O meu papel passava por ajudar a
equipa, assim o fiz, e quando me foi dada a oportunidade tentei agarrá-la da
melhor maneira.” Reflexo do bom trabalho realizado em prol da equipa, finalizou
o ano em 8º no ranking nacional Equipier do Ano em ex-aequo com o 6º lugar,
numa tabela elaborada pela APCP com os votos atribuídos mensalmente pelos companheiros
de pelotão. Sobre o futuro próximo, “Para 2016 ainda não tenho novidades. Espero
tê-las em breve e definir o futuro”, afirma Bruno Silva.
Bruno Silva (© Helena Dias) |
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