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Classificação de Portugal com vista aos Jogos Olímpicos de Tóquio


Luis Román-Mendoza, especialista em ciclismo de pista e fundador do site trackpiste.com, fez-nos um ponto de situação relativo à classificação de Portugal com vista aos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2020, na vertente de pista.


Portugal está a um passo de ter, pela primeira vez na história, representação nas provas de pista dos Jogos Olímpicos, em três disciplinas: omnium de homens e mulheres e madison masculino.

A classificação é disputada, além do Campeonato continental realizado há uma semana em Apeldoorn (Holanda) e nos resultados já calculados da temporada 2018-19, na Taça do Mundo, que começa na próxima sexta-feira, em Minsk (Bielorrússia), e terá seis provas pontuáveis - das quais contam os três melhores resultados - e no Mundial de Berlim (Alemanha), no final de Fevereiro.

As opções de Maria Martins para estar no omnium olímpico são francamente lisonjeiras. 21 ciclistas vão competir no velódromo japonês de Izu, em Agosto. Oito delas para o ranking de madison, para o qual Portugal não tem nenhuma opção: Dinamarca, Austrália, Grã-Bretanha, Holanda, Itália, Bélgica, Rússia e França.

As outras 13 entrarão no ranking específico do omnium, no qual Portugal - os lugares são por país, embora seja Maria Martins quem está a fazer todo o esforço e quem estaria nos Jogos - ocupa o nono lugar, com 1.785 pontos. À frente, Estados Unidos, Japão, Canadá, Nova Zelândia, México, Polónia, Irlanda e China (1.800 pontos) e atrás Bielorrússia (1.560), Suíça e Lituânia (ambas com 1.500), além do Egipto ou da África do Sul, que entrariam pela ‘wild card’ reservada a continentes sem representação. E como candidatos à classificação, China-Taipeh (1495), Noruega (2.330) e Espanha (1.210).

Além disso, há a vantagem de que a Bielorrússia não está classificada para a Taça do Mundo, nem mesmo como suplente, de modo que não poderia obter pontos nessas competições, a menos que a UCI salte as suas próprias regras, como fez no ano passado. As próximas competições são em Glasgow, para ir logo em seguida para o outro lado do mundo, em Hong Kong, de 29 de Novembro a 2 de Dezembro, Cambridge (Nova Zelândia), de 6 a 8 de Dezembro, e Brisbane, uma semana depois, e terminar já em 2020 em Milton (Canadá), de 24 a 26 de Janeiro.

A segunda opção portuguesa é jogada no madison masculino, embora apresente maiores dificuldades. Neste caso, o critério de classificação também segue um caminho duplo: as nações classificadas para perseguição por equipas podem apresentar um par, ao dia de hoje, Austrália, Grã-Bretanha, Dinamarca, Canadá, Nova Zelândia, Itália, Grã-Bretanha e Suíça, sem opções para Portugal.

A segunda via é a classificação específica de madison, com um lugar para as oito melhores nações, que actualmente são Espanha, Bélgica, França, Estados Unidos, Polónia, Áustria, China-Hong Kong e Holanda, totalizando 3.710, em comparação com os 3.650 da Bielorrússia e os 3.610 de Portugal.

O problema é que Portugal não está directamente classificado para a Taça do Mundo e só entrará como primeiro suplente. Rui Oliveira e Iúri Leitão podem competir no próximo fim-de-semana em Minsk, devido a ter havido várias desistências, mas não na semana seguinte em Minsk. Por esse motivo, a sua sorte passa pelas possíveis desistências que poderão haver nas provas no Pacífico, para assim poderem competir e colocar-se entre os oito melhores.

Por fim, temos o omnium masculino com possibilidades para Rui Oliveira. O ciclista que deveria ser escolhido para ocupar esse lugar que é premiado pelos países... embora se tenha que lutar pelo lugar, que não é seguro ao dia de hoje. Como no caso das mulheres, seria o ranking específico de omnium que poderia dar a classificação às doze melhores nações, embora a última, precisamente Portugal, tivesse que deixar o lugar para a África do Sul, devido à situação da representação de todos os continentes.

Portugal teria que apagar os 190 pontos que o separam do Cazaquistão ou os 215 pontos da Polónia, com a vantagem de que estes últimos não estão classificados para a Taça do Mundo, mas sim como primeiro suplente: em Minsk participarão, mas não terão lugar em Glasgow.



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Clasificación de Portugal mirando a los Juegos Olímpicos de Tokio

Portugal está a un paso de tener, por primera vez en la historia, representación en las pruebas de pista de los Juegos Olímpicos, en tres disciplinas, ómnium de mujeres y hombres, y madison masculina.

La clasificación se juega, aparte del Campeonato continental celebrado hace una semana en Apeldoorn (Países Bajos) y en los resultados ya computados de la temporada 2018-19, en la Copa del Mundo que se inicia el próximo viernes en Minsk (Bielorrusia), y que contará de seis pruebas puntuables –de las que se retienen los tres mejores resultados-, y en el Mundial de Berlín (Alemania), a finales de febrero.

Las opciones de Maria Martins de estar en el ómnium olímpico son francamente halagüeñas. 21 ciclistas competirán en el velódromo japonés de Izu en agosto. Ocho de ellas, por el ranking de madison, por el que Portugal no tiene ninguna opción: Dinamarca, Australia, Gran Bretaña, Países Bajos, Italia, Bélgica, Rusia y Francia.

Las otras 13 entrarán por el ranking específico de ómnium, en el que Portugal –las plazas son por país, aunque sea Maria Martins quien está haciendo todo el esfuerzo y quien estaría en los Juegos- ocupa la novena plaza, con 1.785 puntos. Por delante, Estados Unidos, Japón, Canadá, Nueva Zelanda, México, Polonia, Irlanda y China (1.800 puntos) y por detrás Bielorrusia (1.560), Suiza y Lituania (ambas con 1.500), aparte de Egipto o Sudáfrica, que entraría por la ‘wild card’ reservada a continentes sin representación. Y como aspirantes a la clasificación, China-Taipeh (1495), Noruega (2.330) y España (1.210).

Además, está la ventaja de que Bielorrusia no está clasificada para la Copa del Mundo, ni siquiera como reserva, por lo que no podría obtener puntos en estas competiciones, salvo que la UCI se salte sus propias normas como hizo el año pasado. Las próximas citas son en Glasgow, para saltar luego al otro extremo del mundo, en Hong Kong, del 29 de noviembre al 2 de diciembre, Cambridge (Nueva Zelanda), del 6 al 8 de diciembre, y Brisbane, una semana más tarde, y terminar ya en 2020 en Milton (Canadá), del 24 al 26 de enero.

La segunda opción portuguesa se juega en la madison masculina, aunque presenta mayores dificultades. En este caso, el criterio de clasificación pasa también por una doble vía: las naciones clasificadas para la persecución por equipos podrán presentar una pareja, a día de hoy, Australia, Gran Bretaña, Dinamarca, Canadá, Nueva Zelanda, Italia, Gran Bretaña y Suiza, sin opciones para Portugal.

La segunda vía es la clasificación específica de madison, con plaza para las ocho mejores naciones, que son actualmente España, Bélgica, Francia, Estados Unidos, Polonia, Austria, China-Hong Kong y Países Bajos, que suma 3.710, frente a los 3.650 de Bielorrusia y los 3.610 de Portugal.

El problema es que Portugal no está clasificada directamente para la Copa del Mundo y solo entrará como primer reserva. Rui Oliveira e Iúri Leitão podrán competir el próximo fin de semana en Minsk al haber habido varias renuncias, pero no la semana siguiente en Minsk. Por ello, su suerte pasa porque en las alejadas pruebas del Pacífico haya renuncias, puedan competir y colocarse entre esas ocho mejores.

Finalmente, tenemos el ómnium masculino, con posibilidades para Rui Oliveira. El ciclista que debería ser el elegido para ocupar esa plaza que se adjudica por países… aunque habrá que luchar la plaza que no es segura a día de hoy. Como en el caso de las féminas, sería el ranking especifico de ómnium el que podría dar la clasificación, a las doce mejores naciones, aunque la última, precisamente Portugal, tendría que dejar la plaza a Sudáfrica por aquello de la representación de todos los continentes.

Portugal tendría que enjugar los 190 puntos que le separan de Kazajstán o los 215 de Polonia, con la ventaja de que estos últimos no están clasificados para la Copa del Mundo, sino que figuran como primer reserva: en Minsk sí participarán pero no tienen plaza en Glasgow.

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