Avançar para o conteúdo principal

Bem-vindos à Grandíssima com Filipe Cardoso



Quem entra pela primeira vez na Grandíssima, fica com uma certeza: a experiência é para repetir! Seja pela comida, pelos produtos à venda na loja, pelos serviços de mecânica, biomecânica, testes físicos ou pelo prazer de uma bela conversa, tudo gira em redor de uma grande paixão: a bicicleta. Prestes a cumprir um ano da sua inauguração, a 28 de Outubro, um dos sócios e ciclista profissional há mais de uma década, Filipe Cardoso guia-nos por este espaço inovador, localizado em Santa Maria da Feira, revelando-nos cada recanto da Grandíssima e recordando alguns momentos da sua carreira.


Para quem ainda não conhece o espaço, o que é a Grandíssima?

Filipe Cardoso: “Resumir o que é a Grandíssima não é fácil. Eu já tinha esta ideia há muitos anos e um amigo meu também. Sem nunca sequer pensarmos abrir um espaço, falávamos sobre o conceito de juntar no mesmo lugar o máximo de serviços ligados à bicicleta, onde fosse possível conviver, assistir a uma etapa de ciclismo, onde fosse possível as pessoas falarem de ciclismo, como acontece com as pessoas do futebol, que se juntam para assistir aos jogos. Essa foi a base para criar tudo isto, juntando os serviços ao convívio e tentando trazer toda a experiência e conhecimento da competição, abrindo assim as portas ao amante da bicicleta.”

O que se pode experienciar em cada espaço?

FC: “Para começar, na lanchonete podem provar toda a nossa oferta de comida, saborosa e bem cuidada, além da bebida com bons vinhos, boa cerveja, sentando-se à mesa para usufruir de um pequeno-almoço, almoço, lanche ou jantar. Na loja podem comprar tudo o que necessitam para andar de bicicleta. Temos a oficina, com um mecânico disponível para tudo o que é relacionado com o cuidar da bicicleta, e a parte de laboratório, com a biomecânica e testes físicos de acompanhamento de atletas. Temos também zonas mais tranquilas, que permitem às pessoas terem uma conversa mais reservada. Ou seja, aqui têm acesso a um espaço diferente, que foi montado ao pormenor e quem entra sente isso.”

Sandra Santos, responsável da lanchonete: “Trabalhar neste projecto é a possibilidade de evoluir profissionalmente e de trabalhar com pessoas excepcionais como o Filipe. É o continuar do sonho deles e no qual estou incluída, pois somos uma equipa. É uma casa onde temos de dar tudo, pois só assim vale a pena.”

Nuno Azevedo, mecânico: “É bom trabalhar no que gostamos e o Filipe, além do atleta profissional que é, tem sido um excelente patrão e o ambiente que se vive aqui é óptimo.”

Um espaço que só faz sentido ao estar ligado a um ciclista profissional e com uma carreira como a tua?

FC: “É injusto dizer que este espaço está apenas ligado à minha imagem, porque tenho um sócio, o Sérgio, uma pessoa muito viajada e um amante da bicicleta. A Grandíssima é a junção de duas pessoas, que viajaram muito de bicicleta, um por turismo e outro por competição. Esta junção reflecte-se no conceito, nas pessoas que trabalham connosco e nos pormenores da decoração.”

É um espaço único no país e com recantos personalizados como o de Vanessa Fernandes e a sua medalha de prata em triatlo, conquistada em 2008 nos Jogos Olímpicos de Pequim.

FC: “Que tenhamos conhecimento, e pela pesquisa que fizemos, não há nada igual no país. Ainda estávamos em construção e trouxe cá a Vanessa, que é minha prima, cresceu comigo e é um ícone do desporto português. Ela adorou o espaço e, sem eu lhe pedir nada, quis deixar a medalha olímpica para quem quisesse visitar e ver. Claro que estamos muito gratos, para nós é um motivo de orgulho e é muito giro ter pessoas que vêm cá para ver a medalha.”

Sérgio Pinho e Filipe Cardoso no cantinho da medalha olímpica de Vanessa Fernandes. 
Sérgio Pinho, sócio: “É óptimo dividir este projecto com o Filipe. Não o conheço há muitos anos, mas posso dizer que o que me levou a querer estar envolvido neste projecto foi o facto de ter acompanhado a sua carreira ainda antes de o conhecer pessoalmente e identificar-me com a sua forma de correr e de estar no pelotão. Depois de o conhecer, achei que tudo fazia sentido, porque o Filipe é uma pessoa bastante transparente, humilde e pronto a ajudar. Sempre o admirei como profissional e ele admirou-me pela minha forma de viver a bicicleta, de conhecer outros países e culturas. As ideias e gostos de ambos têm-se encontrado.” 

Bicicleta usada por Vanessa Fernandes nos Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008.

No dia 28 de Outubro, a Grandíssima faz um ano. Qual o balanço?

FC: “O balanço geral é muito positivo. Desde o início, sabíamos que estávamos a pisar terreno desconhecido, pois é um projecto diferente de tudo o que já existe. Temos outros projectos, com este por base, que estão pendentes e só podem funcionar depois deste espaço estar mais sólido, dependendo também da minha carreira. Durante este ano, crescemos o que esperávamos crescer em três anos. Quando assim é, só podemos estar satisfeitos e agrada-nos perceber que quem vem quer voltar e fica cliente. Aqui existe uma dinâmica que funciona.”

Quais os maiores desafios para colocar este projecto em prática, tendo de conciliar com a carreira de ciclista profissional?

FC: “Não foi fácil. Tenho noção que a minha carreira foi um pouco prejudicada na fase inicial da época pela falta de disponibilidade, não de tempo nem de treino, mas pela falta de descanso corporal e psicológico. A parte que mais me custou foi a burocrática: abrir uma empresa do zero, criar e registar uma marca, a contabilidade, as licenças, fui eu que fiz tudo e aprendi a fazê-lo sozinho, porque queria estar envolvido em tudo. Ter uma parte de comércio e outra de alimentação requereu licenças e obrigações completamente diferentes, de papéis e de autorizações, que foi brutal e cansativo. Mas foi uma aposta minha, que se concretizou. Não foi tempo perdido.”

Ao centro, a primeira camisola de Filipe Cardoso no ciclismo, na equipa de formação de S. João de Ver.

O nome Grandíssima está ligado à maior corrida lusa, onde obtiveste a maior vitória da carreira. Como recordas o momento do triunfo na Sra. da Graça, em 2015?

FC: “Ganhar na Volta a Portugal é sempre especial. A todos os ciclistas portugueses, independentemente se vão correr para o estrangeiro, passa-lhes pela cabeça ganhar uma etapa na Volta. Ganhar uma das etapas míticas tem um sabor ainda mais especial. Felizmente, tive uma carreira com muitos momentos bons, que me trazem recordações espectaculares, mas ganhar na Sra. da Graça tem um valor inacreditável. Ainda por cima pela forma como foi, uma vitória a ferros, planeada desde longe e onde ganhei por muito pouco. Foi um momento inesquecível, num ano especial para mim e para a minha família. Há muita gente que ainda me fala dessa etapa, porque viu, porque gravou, e isso deixa-me claramente contente.”

Em mais de dez anos de carreira, ao olhar para trás e colocando na balança os bons e os maus momentos, tudo valeu a pena?

FC: “Em tudo na vida, quando fazemos um balanço de dez anos, há sempre coisas que percebemos que podíamos ter feito diferente. Podia alterar tudo isso e depois, passados dez anos, voltávamos a falar e eu ia alterar outras coisas. É óbvio que passei por momentos bons e outros menos bons. Se pudesse apagar todos os momentos maus, apagava, mas em todo o caso não me arrependo de nada do que fiz. Gosto do meu percurso e soube lidar com os maus momentos, dar a volta e tentar aprender com eles. Olho para a minha carreira e vejo uma carreira saudável. Vejo com bons olhos o que foram os meus últimos dez, treze anos.”

Das corridas estrangeiras, qual a mais marcante?

FC: “Os Campeonatos do Mundo são uma experiência espectacular e uma das corridas que mais me marcou. O último que fiz foi no ano em que ganhou Mark Cavendish [2011 em Kobenhavn, Dinamarca]. É um evento especial pelo público e pelo ambiente criado antes e no dia da corrida, onde se sente o calor e o patriotismo de cada país.”

E na convivência entre colegas de equipa e de pelotão, tens algum companheiro que vês como uma referência?

FC: “Ao longo dos anos, tive muitos colegas de equipa e fiz amigos. Tive também colegas com os quais nunca me identifiquei, outros que não gosto, tal como há quem não simpatize comigo, mas isso faz parte. Tenho muita dificuldade em destacar um pela positiva. Conheci pessoas fantásticas e quando são colegas de equipa, com quem viajamos e partilhamos a vida, criam-se laços que dificultam destacar um.”

Qual o momento mais difícil vivido no ciclismo?

FC: “As quedas graves são sempre momentos muito difíceis para um ciclista. Assinalo como um momento negro todas as quedas graves que tive. Uma delas, na Volta a Portugal, foi terrível. Estive mal e deixou-me marcas consideráveis no corpo. Tirando as quedas, o caso Liberty no ano de 2009. Depois de ter recusado propostas de grandes equipas estrangeiras e ter renovado com a Liberty Seguros por dois anos, com condições espectaculares de trabalho, do dia para a noite ficámos todos no desemprego, sem saber o que ia ser o dia de amanhã. Pior do que ter acabado a equipa, e do choque do momento, foram os dois a três anos que se seguiram com um clima de suspeição sobre todos os que estavam ligados a essa equipa, incluindo aqueles que fizeram todos os controlos sem qualquer problema. Sinceramente, custou-me mais a parte de sentir e saber que não tinha culpa nenhuma e levar por tabela. Acaba-se por se sentir impotente e injustiçado. Mas lidei com isso e depois vieram muitas coisas boas.”

Equipas por onde Filipe Cardoso passou: LA Alumínios-Liberty Seguros (2006), Liberty Seguros (2007-2009), LA Paredes Rota dos Móveis (2010), Efapel (2011-2016) e RP-Boavista (2017-2018).

Filipe Cardoso conquistou a Taça de Portugal no ano de 2013 pela Efapel.

Houve então propostas para correr no estrangeiro ao longo da carreira?

FC: “Tive propostas de equipas francesas antes de passar a profissional, mas na altura não era muito comum correr fora. Havia um ou outro ciclista, como José Azevedo e Sérgio Paulinho, mas praticamente não havia empresários a trabalhar com ciclistas portugueses e naquela geração ir correr para França, com alguém que não se conhece, era quase impensável. Não havia essa cultura. Passei a fase de não haver essa cultura para começarem a aparecer os empresários a levar os ciclistas para o estrangeiro e ainda bem que aconteceu. Depois, em 2009, surgiram dois convites de equipas maiores e bem cimentadas no estrangeiro, mas tive a proposta em Portugal, da Liberty, para continuar com eles e aceitei ficar com boas condições, um bom calendário internacional e uma equipa de escalão superior. Após aceitar a proposta da Liberty e recusar as propostas estrangeiras, a equipa acabou, ficámos todos sob um clima de suspeição e a oportunidade de sair acabou. Entretanto, a idade foi passando e quando se chega aos 28 ou 30 anos passa-se a ser considerado velho e já é muito mais difícil sair.”

O ciclismo é uma das modalidades mais controladas, sendo também a mais ligada ao doping pelos meios de comunicação. É injusto?

FC: “Dizer que o doping não existe, é mentira. Há casos, que são apanhados, há problemas mais ou menos graves, mas não é só no ciclismo. Não tenho qualquer problema em falar das coisas más, o que não gosto é que se fale de mentiras. A meu ver, o que está errado é fazer parecer que este é um problema do ciclismo. O doping é um problema do desporto em geral, que deve ser resolvido, e tenho a certeza que ninguém é tão controlado como nós ciclistas. A partir do momento em que no ciclismo há um maior número e eficácia de controlos, e em que somos obrigados a ter os formulários de localização, a probabilidade de encontrar atletas com esses problemas é maior. Acredito que se houvesse o mesmo rigor em todas as modalidades, o ciclismo passaria a ser uma das modalidades com menos problemas. A forma como nos controlam é algo estranha: estamos em casa, uma mulher que nunca vimos bate à porta às sete da manhã, entra em nossa casa, na nossa privacidade, vai connosco à casa de banho, tem de nos ver urinar… e quando temos mulher e filhos vêem-nos na casa de banho com uma pessoa estranha… isto bem pensado não faz sentido e é muito estranho, mas temos de viver com isso, porque em teoria somos uma modalidade em que há muitos problemas. Sinceramente, não imagino isto a acontecer nas modalidades mais famosas, é impensável. Portanto, também não é justo que o façam a nós. Isto não é uma crítica, é apenas uma constatação, mas a modalidade é assim, as regras são estas e se estou na modalidade é porque as aceitei. Não quero desculpar ninguém, mas lembrem-se que o ciclismo é o ganha-pão dos ciclistas, que não ganham muito, têm casas para pagar, filhos para alimentar e lidam com dificuldades iguais a todas as pessoas. A forma de ganhar a vida é dar o melhor na bicicleta e certamente não cometem uma irregularidade só porque sim, mas porque em algum período das suas vidas sentem necessidade para dar de comer aos filhos. Não é desculpar, é somente para entenderem que não é só porque sim.”

Como é lidar com o stress profissional e a parte pessoal de família e amigos?

FC: “É chegar aos 34 anos e perceber que os amigos casaram e não estivemos no casamento, os amigos tiveram filhos e ainda não os visitámos, a família fez festas e não fomos ou saímos mais cedo. Coisas normais e simples, como ir ao fim do dia beber uma cerveja com os amigos, e que não aconteceram. Abdica-se de tudo da vida de um adulto por amor e pelo romantismo do ciclismo e não por dizer que na reforma estaremos cheios de dinheiro. É o amor à modalidade, ao reconhecimento dentro do meio, que faz com que se abdique de tudo de cara alegre. Mas chega uma altura da vida que se sente a falta de não se ter vivido as outras coisas quando eras mais novo. Tentei sempre encontrar um equilíbrio e penso que consegui fazer o que muitos colegas meus não conseguiram. Quando tinha de abdicar de tudo, abdicava, e nos meses em que era possível vivia bem a minha parte de jovem e de adulto. Contudo, tenho de agradecer aos meus amigos, que souberam lidar com a minha carreira ao longo dos anos de forma espectacular.”

As paredes da Grandíssima são um elogio ao ciclismo pintado à mão.

A cultura da bicicleta está pintada em cada espaço da Grandíssima.

Os momentos pessoais perdidos foram de algum modo colmatados com as vitórias e o reconhecimento do público?

FC: “Realmente, sabe bem estar numa etapa da Volta a Portugal, ir numa subida daquelas em que até já se vai desligado da corrida e, no meio de outros ciclistas, ter pessoas a correr atrás daquele grupo só porque querem dizer alguma coisa, dizer o nosso nome. É uma sensação inexplicável ouvir o meu nome no meio de imensas pessoas. Mais do que o reconhecimento, é o respeito por aquilo que foi o meu percurso enquanto atleta. Esta modalidade não vive sem o público e deve fazer parte da educação do ciclista tentar comunicar e interagir. Penso nas pessoas o dia inteiro na beira da estrada, com 40 graus, para nos ver passar durante 10 segundos. Essas pessoas merecem respeito, porque se não estivessem ali não haviam marcas a patrocinar o ciclismo e não era possível ser ciclista profissional. Sempre tive isso em mente e às vezes não é fácil ao chegar exausto no final de uma etapa, mas faz parte parar, falar um bocadinho e tirar fotos. Foi também por isso que consegui ter algum reconhecimento extra.”

Quando olhas para os objectivos de carreira, algum ficou por cumprir?

FC: “Tal como qualquer ciclista português, o primeiro objectivo é a Volta a Portugal. Quando o atinges, o seguinte é a Volta a França, a Volta a Itália ou as clássicas. Eu também os tive e acabaram por não acontecer. Neste momento, tenho de ser realista. Estou com 34 anos e já não penso em fazer o Tour ou ganhar a Volta a Portugal. Penso noutras coisas, como em ajudar outros ciclistas a conseguir isso, passar-lhes a minha experiência, pois a certa altura é muito importante ter alguém que nos indique o caminho. Outro dos objectivos que tenho é pegar nos meus amigos e ir a alguns sítios ver o ciclismo à minha maneira, mas isso seria no dia em que deixe de correr profissionalmente. Quero levá-los à Volta ou a outras corridas pela Europa e explicar-lhes o que é aquele mundo, porque para um amador que gosta da bicicleta há certas vivências no ciclismo que iriam ser inesquecíveis.”

O convívio é um dos pontos-chave para o sucesso da Grandíssima.

Quem visita a Grandíssima tem a possibilidade de desfrutar de uma bela conversa ao sabor de belas iguarias.

Há dois anos na RP-Boavista, é para continuar na equipa em 2019?

FC: “Neste momento, posso dizer que ainda não tenho as coisas definidas. Tenho várias hipóteses em cima da mesa e confesso que têm sido semanas de alguma ansiedade, pois tenho que tomar decisões, que não são fáceis.”

No dia em que terminares a carreira de ciclista profissional, o futuro passa pela Grandíssima? Não pretendes ficar ligado a uma equipa?

FC: “Nunca digo nunca, mas sinceramente não tenho qualquer fascínio por ficar ligado aos quadros de uma equipa. Neste momento, tudo o que é o meu futuro profissional passa pela Grandíssima e por tudo o que está pendente ligado a este projecto. Gosto de falar com jovens ciclistas, com os seus pais, e com a Grandíssima temos convivido com miúdos e é muito interessante como pais e filhos ouvem tudo o que digo. Dá-me prazer falar com eles e fascina-me sim estar ligado à formação, mas não numa equipa profissional. A Grandíssima foi pensada e feita enquanto estou no activo para preparar o momento de deixar o ciclismo profissional. Não sei se o deixar é daqui a um ano, dois anos ou já. O futuro o dirá.”

As pessoas conhecem o Filipe ciclista, mas quem é o Filipe homem e o que teria sido se não fosse ciclista?

FC: “Não sei o que dizer sobre mim e acho que nunca fiz a mim próprio a pergunta do que teria sido se não fosse ciclista. Quando se começa aos seis anos a andar de bicicleta e a dizer que se quer ser ciclista, tem-se alguma dificuldade em pensar no que seria se não fosse ciclista, porque tudo o que quero ser agora teve o ciclismo como influência. Se não fosse ciclista, acho que queria ser ciclista. Lá está, é a paixão que existe à volta deste mundo e que não dá para explicar. Não fiquei milionário com o ciclismo, tive de abdicar de muita coisa para ser ciclista, passei muitos momentos espectaculares com os meus amigos e com o público, mas isto não foi um conto de fadas. Contudo, se não fosse ciclista, queria ser ciclista.”


A Grandíssima é uma equipa pedalada por Sérgio Pinho, Filipe Cardoso, Sandra Santos e Nuno Azevedo.

Em seguida apresentamos a Grandíssima em imagens. Um espaço onde as horas voam através da simpatia das pessoas; a qualidade dos serviços; os sons e os sabores; os produtos exclusivos e as marcas mais desejadas; o detalhe da decoração das madeiras naturais  e dos objectos que contam a história do ciclismo e do desporto; as memórias de Filipe Cardoso e de quantos deixaram uma lembrança a preencher as paredes da Grandíssima.



























































Comentários

Artigos Mais Lidos

Apresentação Liberty Seguros/Feira/KTM 2014

Esta quinta-feira, a Biblioteca Municipal de Sta. Maria da Feira recebeu a apresentação do 6º GP Liberty Seguros/Volta às Terras de Sta. Maria e das equipas de formação Liberty Seguros/Feira/KTM do Sport Ciclismo S. João de Ver. Entre as personalidades presentes destacaram-se os patrocinadores das equipas, nomeadamente a Liberty Seguros, a KTM e a Câmara Municipal de Sta. Maria da Feira. Também não faltaram antigos corredores da casa, actualmente a pedalar no pelotão profissional nacional, entre outros o campeão nacional Joni Brandão, César Fonte, Edgar Pinto, Frederico Figueiredo, Mário Costa, Rafael Silva e o internacional André Cardoso. Nem o campeão do mundo Rui Costa faltou à chamada de um dos directores desportivos mais acarinhados no país, Manuel Correia, deixando em vídeo uma mensagem sentida de agradecimento pelo seu percurso e aprendizagem no clube. Precisamente de Manuel Correia surgiu o momento mais marcante da cerimónia, aquando do seu anúncio de fim de ciclo

Os velódromos de Portugal

Velódromo de Palhavã (© Arquivo Municipal de Lisboa) Em Portugal, o ciclismo já foi considerado o desporto da moda entre as elites. Para chegarmos a esse momento da história, temos de recuar ao tempo da monarquia, até finais do século XIX, para encontrar o primeiro velódromo em território nacional, o Velódromo do Clube de Caçadores do Porto , na Quinta de Salgueiros, não sendo a sua data totalmente precisa, já que a informação a seu respeito é muito escassa. Em alguns relatos, a sua inauguração data de 1883, enquanto noutros data de 1893.

Entrevista a Isabel Fernandes: “África leva-nos a colocar em causa as nossas prioridades de Primeiro Mundo”

O ciclismo apareceu na vida profissional de Isabel Fernandes em 1987 para não mais sair. De comissária estagiária em 1989, chegou ao patamar de comissária internacional dez anos depois, realizando diversas funções na modalidade ao longo dos anos, nomeadamente intérprete e relações públicas de equipas, membro da APCP (Associação Portuguesa de Ciclistas Profissionais) e da organização de várias provas como os Campeonatos da Europa e do Mundo, em Lisboa.